A Pfizer afirmou que, de saldo da reunião que teve nesta quarta-feira 30 com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ficou a possibilidade de agilizar o processo de aprovação emergencial da vacina – algo que a empresa já havia desistido de tentar no Brasil.
A reunião aconteceu justamente porque a empresa – que já tem seu imunizante sendo aplicado na União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e outros – afirmou que a Anvisa exigia documentações adicionais que impediam a agilidade do aval final.
Entre as dificuldades, estava a necessidade de apresentar dados de eficácia da vacina especificamente na população brasileira – que também participou dos testes clínicos da vacina desenvolvida pela Pfizer – e de fornecer outros detalhes que não cabem à Agência, como quantidade de doses a serem ofertadas e o cronograma. Tal função cabe ao Ministério da Saúde.
A reunião teria feito a Anvisa prometer “modulações” em pontos do guia aprovado para o uso emergencial de vacinas da Covid-19.
“Ao longo do encontro, e diante dos esclarecimentos feitos pela Agência, a empresa entendeu que há a possibilidade de a ANVISA modular pontos específicos do Guia de Submissão para Uso Emergencial, possibilitando uma maior agilidade na submissão desse tipo de processo.”, diz o comunicado.
A empresa também afirma que uma nova reunião técnica será realizada para, então, reavaliar a possibilidade de solicitar o uso emergencial. Enquanto isso, continua a fase de submissão contínua de informações a fim de se aprovar o registro oficial da vacina. Leia a nota completa.
Nesta quarta, a Fiocruz, que desenvolve o imunizante com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, afirmou que deve entrar com pedido de aprovação emergencial da vacina no Brasil. O estímulo veio após o Reino Unido também aprová-lo neste dia 30.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login