Saúde

Pfizer anuncia possibilidade de vacina contra a Covid-19 ainda em 2020

‘Se tudo correr bem, estaremos prontos para distribuir um número inicial de doses’, disse presidente executivo

Pfizer anuncia possibilidade de vacina contra a Covid-19 ainda em 2020
Pfizer anuncia possibilidade de vacina contra a Covid-19 ainda em 2020
Foto: iStock/hocus-focus Foto: iStock/hocus-focus
Apoie Siga-nos no

Os executivos da Pfizer expressaram otimismo nesta terça-feira 27 sobre a perspectiva de fornecer uma vacina contra o novo coronavírus ainda em 2020, em meio às declarações da gigante farmacêutica sobre lucros mais baixos no terceiro trimestre a partir da redução da demanda por medicamentos.

O presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse que a empresa poderia fornecer cerca de 40 milhões de doses nos Estados Unidos este ano se os testes clínicos prosseguissem conforme o esperado e os reguladores aprovassem uma vacina.

“Se tudo correr bem, estaremos prontos para distribuir um número inicial de doses”, afirmou Bourla, que mencionou um contrato do governo americano com a Pfizer para fornecer 40 milhões de doses até o final deste ano e 100 milhões de doses até março de 2021.

No entanto, Bourla ressaltou que a empresa ainda não atingiu os principais parâmetros de referência na avaliação da eficácia da vacina. A Pfizer havia declarado anteriormente que poderia ter os dados em outubro.

O CEO disse que a empresa espera solicitar autorização de uso emergencial para sua vacina da Covid-19 na terceira semana de novembro, quase de acordo com os cronogramas anteriores.

Questionado se estava “certo” de que a vacina funcionaria, Bourla afirmou: “Não estou otimista de que a vacina funcionará. Estou cautelosamente otimista de que a vacina funcionará”.

Com relação ao lucro, a Pfizer relatou uma queda de 71% no lucro, para 2,2 bilhões de dólares.

As receitas caíram 4%, para 12,1 bilhões de dólares.

A Pfizer estimou um impacto de receita de 500 milhões de dólares relacionado à Covid-19, diante de uma menor demanda farmacêutica da China e menos visitas a pacientes nos EUA.

A empresa viu uma queda de 11% em seus negócios hospitalares nos mercados emergentes, principalmente devido a menos cirurgias eletivas na China e menor tempo de internação hospitalar no país.

Este efeito foi parcialmente compensado pelo aumento da demanda pela vacina Prevnar-13 para pneumonia “resultante de uma maior conscientização sobre a vacina para doenças respiratórias”, anunciou a empresa.

A Pfizer também citou um forte desempenho em seus negócios biofarmacêuticos devido às boas vendas do medicamento contra o câncer Ibrance, o anticoagulante Eliquis e outros medicamentos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo