Saúde
Papa Francisco diz que não defender pessoas é cometer “genocídio viral”
Em carta, o pontífice destaca as ações de governos que têm priorizado a vida humana em meio à epidemia do coronavírus


O papa Francisco encaminhou, no sábado 28, uma carta ao presidente da Comissão Pan-Americana de Juízes para os Direitos Sociais, dr. Roberto Andrés Gallardo, apreciando as medidas adotadas por governos e que colocam a saúde social em primeiro lugar.
“Estamos todos preocupados com o crescimento, em progressão geométrica, da pandemia. Estou feliz com a reação de tantas pessoas, médicos, enfermeiros, enfermeiras, voluntários, religiosos, sacerdotes que arriscam suas vidas para curar e defender as pessoas saudáveis do contágio”, escreveu.
O papa completou afirmando que alguns governos adotaram medidas exemplares com prioridades bem definidas para defender a população.
“É verdade que essas medidas incomodam aqueles que são obrigados a cumpri-las, mas é sempre para o bem comum e, a longo prazo, a maioria das pessoas as aceita e se move com uma atitude positiva. Os governos que enfrentam a crise mostram a prioridade de suas decisões: primeiro as pessoas. E isso é importante, pois sabemos que defender as pessoas supõe um prejuízo econômico”, destacou Francisco.
“Seria triste se o oposto fosse escolhido, o que levaria à morte de muitas pessoas, algo como um genocídio viral”, acrescentou.
Francisco não descarta a importância do mundo se preparar para o enfrentamento de crises já geradas com a pandemia do coronavírus, como a fome, a violência e outros efeitos da contenção.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.