Saúde
OMS critica países por suspenderem ‘brutalmente’ as restrições contra a Covid
O diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou que a situação deve ser monitorada, mas reiterou manter o ‘otimismo’
Vários países europeus, como Alemanha, França, Itália e Reino Unido, levantaram suas restrições contra a Covid muito “brutalmente” e vivem agora um claro aumento dos casos, devido à subvariante BA.2. A crítica partiu da Organização Mundial da Saúde, nesta terça-feira 22.
Em coletiva de imprensa na Moldávia, o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou que a situação epidemiológica do continente deve ser monitorada, mas reiterou manter o “otimismo”. O número de casos de Covid está aumentando em 18 dos 53 países da área europeia da OMS.
“Os países em que observamos um aumento particular são Reino Unido, Irlanda, Grécia, Chipre, França, Itália e Alemanha”, disse Kluge. “Estes países suspenderam as restrições brutalmente.”
O número de novos casos na Europa caiu de maneira acentuada após o pico no final de janeiro, mas voltou a subir desde o início de março.
Nos últimos sete dias foram registrados mais de 5,1 milhões de novos casos e 12.496 mortes na região europeia da OMS, o que eleva o total de casos detectados desde o início da pandemia a 194,4 milhões e o número de mortes a mais de 1,92 milhão.
Os epidemiologistas explicam o aumento de casos pela predominância da subvariante de Ômicron BA.2, 30% mais contagiosa – mas não mais perigosa – que sua antecessora, a BA.1.
A quinta onda observada na Europa não acabou, e os especialistas criticam a “flexibilização” das políticas e o levantamento da guarda muito rapidamente em ondas anteriores.
“Neste momento, estou otimista, mas vigilante”, disse Kluge. Como ponto positivo, segundo ele, “há um grande capital de imunidade (…) graças tanto à vacinação quanto às infecções”.
Além disso, acrescenta, com o fim do inverno “as pessoas vão se reunir menos em espaços fechados”. E mais: a Omicron “é menos virulenta em pessoas totalmente vacinadas com uma dose de reforço”, mesmo que “em países com taxas mais baixas de vacinação continue sendo uma doença que mata”.
“Vamos ter que conviver com a Covid por um tempo, mas isso não quer dizer que não possamos acabar com a pandemia”, completou Kluge.
AFP
Agência de notícias francesa, uma das maiores do mundo. Fundada em 1835, como Agência Havas.
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