Saúde

OMS considera ameaça internacional do coronavírus ‘muito elevada’

O vírus já infectou cerca de 79 mil pessoas na China e mais de 5 mil no resto do mundo

Foto: AFP
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Atualizada às 13h25

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira 28 que elevou a ameaça ligada ao novo coronavírus para “muito alta”. O vírus já infectou cerca de 79.000 pessoas na China e mais de 5.000 no resto do mundo.

“O aumento contínuo do número de casos e o número de países afetados nos últimos dias são claramente preocupantes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

“Nossos epidemiologistas acompanham esses desenvolvimentos constantemente e agora aumentamos nossa avaliação do risco de propagação e do impacto do COVID-19 para um nível muito elevado em todo o mundo”, acrescentou.

Ele também ressaltou que mais de 20 vacinas estão sendo desenvolvidas em todo o mundo e que vários produtos terapêuticos estão passando por testes clínicos. Os primeiros resultados são esperados em “algumas semanas”, detalhou.

Se a China era, até recentemente, o único foco global de coronavírus, o risco de propagação mundial aumentou com o surgimento de novos focos em outros países, como Coreia do Sul, Irã e Itália. Cinquenta países agora são afetados, de acordo com a OMS.

Na China, onde a epidemia começou no final de dezembro, o vírus matou 2.791 pessoas. No resto do mundo, 67 pessoas morreram, segundo a agência especializada da ONU.

“O que estamos vendo atualmente são epidemias ligadas ao COVID-19 em vários países, mas a maioria dos casos ainda pode ser atribuída a contatos conhecidos ou a grupos de casos”, observou o chefe da OMS. “A chave para conter esse coronavírus é quebrar as cadeias de transmissão”, disse ele.

Embora a OMS tenha elevado o nível da ameaça internacionalmente, a organização não considera uma pandemia. Uma pandemia é uma situação em que “todos os cidadãos estão expostos”, o que atualmente não é o caso, disse o diretor dos programas de emergência da OMS, o Dr. Michael Ryan.

“Se fosse uma epidemia de gripe, estaríamos falando de uma pandemia”, mas no caso do novo coronavírus, “constatamos que, com medidas de contenção, o avanço da epidemia pode ser contido significativamente”, explicou.

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