Mundo
OMS aprova uma vacina simplificada contra cólera frente a escassez
Nos últimos anos, houve uma explosão de contágios, com 473 mil casos em 2022, o dobro de 2021
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira 19 que aprovou uma versão simplificada de uma vacina oral contra a cólera, para aumentar a produção e enfrentar o aumento do número de casos.
A vacina Euvichol-S é uma fórmula simplificada da Euvichol-Plus, com menos compostos, o que deve permitir produzir mais rapidamente volumes importantes, informou a OMS. O composto é produzido pelo grupo sul-coreano EuBiologics e tem eficácia semelhante à das formulações mais complexas.
“A nova vacina é o terceiro produto da mesma família de vacinas que temos para a cólera em nossa lista de pré-qualificação da OMS”, disse Rogério Gaspar, diretor do departamento de regulação da agência de saúde da ONU.
A cólera é contraída por meio de uma bactéria transmitida pela água ou por alimentos contaminados e causa diarreia e vômito, que geram uma desidratação que pode ser fatal, principalmente em crianças.
Nos últimos anos, ocorreu uma explosão de contágios em nível mundial, com 473 mil casos em 2022, o dobro de 2021. Segundo dados preliminares, houve 700 mil casos em 2023.
Embora a oferta mundial de vacinas tenha se multiplicado na última década, a demanda crescente gerou escassez, e 23 países reportam casos de cólera atualmente.
Para enfrentar o aumento dos casos, a OMS passou a recomendar uma dose da vacina, em vez de duas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.


