OMS adverte que risco de pandemia por coronavírus é “muito real”

"Não estou preocupado com a palavra 'pandemia', estou mais preocupado com a reação do mundo", disse Michael Ryan, da OMS

Foto: AFP

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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira 9 que a “ameaça de uma pandemia” do novo coronavírus, que já contaminou mais de 110 mil pessoas no mundo, “se tornou muito real”. “Agora que o coronavírus se espalhou para muitos países, a ameaça de uma pandemia se tornou muito real. Mas seria a primeira pandemia da história que poderia ser controlada”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa em Genebra.

“Não estamos à mercê do vírus” porque “as decisões que tomamos podem influenciar a trajetória” da epidemia, disse ele. “Mesmo se a chamarmos de pandemia, ainda podemos controlá-la”, estimou, insistindo: devemos lembrar que, com uma ação rápida e decisiva, “podemos retardar o coronavírus e prevenir novas infecções”.

O diretor-geral da OMS lançou outra mensagem de esperança, dizendo que “a maioria” dos infectados se recuperará. Assim, dos “80 mil casos relatados na China”, berço da epidemia, “mais de 70% se recuperaram”, detalhou.

Aparecido em dezembro na China, o coronavírus afeta todos os continentes, exceto a Antártica, e atrapalha a vida cotidiana e econômica em um número crescente de países. Já causou mais de 3.800 mortes em 100 países e territórios, de acordo com um relatório estabelecido pela AFP.

“Ao contrário da gripe, podemos retardar, podemos desacelerar”, disse o responsável pelo Programa de Emergência da OMS, Michael Ryan, expressando sua esperança de que as medidas de contenção da Itália funcionem e ajudem a conter a epidemia para que outros países possam se preparar melhor. “Não estou preocupado com a palavra ‘pandemia’, estou mais preocupado com a reação do mundo”, acrescentou.


O diretor-geral da OMS também instou os países a não desistirem diante do coronavírus com o pretexto de que afeta principalmente os idosos, dizendo que estaria seguindo o caminho da “decadência moral”. “Todo ser humano conta”, disse ele.

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