Saúde

Oito estados mostram sinais de aumento de casos de SRAG, diz Fiocruz

Todas as regiões estão na zona de risco; a maioria dos estados vê a tendência de queda no números de casos ser interrompida

Oito estados mostram sinais de aumento de casos de SRAG, diz Fiocruz
Oito estados mostram sinais de aumento de casos de SRAG, diz Fiocruz
FOTO: ALBERTO PIZZOLI/AFP
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O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz, publicado nesta sexta-feira 21, mostra que oito estados apresentam sinais de crescimento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e que, em todo o País, os dados permanecem elevados. A Covid-19 é a principal doença associada ao índice.

Com análises de tendências de curto (três semanas anteriores) e longo prazo (seis semanas anteriores), a Fiocruz identificou sinais de aumento de infecções em Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Ao contrário das observações anteriores, também houve indícios de interrupção da tendência de queda na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. A estabilidade foi identificada em Minas Gerais e Piauí, “embora nesses dois estados os indícios não sejam tão claros quanto nos anteriores”, ressalta a nota da instituição.

Em relação às capitais, o boletim aponta que seis delas já apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Palmas e Porto Alegre. Leia o informe completo.

 

“Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da Covid-19 enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Também chama a atenção no relatório o comparativo feito com o período entre 28 de fevereiro e 6 de março, quando o Brasil estava prestes a entrar no pior cenário da epidemia de Covid-19, com os leitos hospitalares quase no limite. À época, a incidência de SRAG era de 15,5 casos a cada 100 mil habitantes.

Já na semana anterior, esse indicador bateu 11,4 casos de SRAG a cada 100 mil habitantes. Com isso, afirma a Fiocruz, todas as regiões do País encontram-se na zona de risco e com a ocorrência de casos muito alta.

De acordo com o último levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Brasil já registrou 444.094 mortes por Covid-19, além de mais de 15,8 milhões de casos. Nesta semana, a média móvel de óbitos voltou a subir e está em 1.954.

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