Saúde

Ocupação de leitos de UTI fica abaixo de 90% pela primeira vez em 2021

A última vez que todos os estados tiveram índices abaixo do número foi em dezembro de 2020

Ocupação de leitos de UTI fica abaixo de 90% pela primeira vez em 2021
Ocupação de leitos de UTI fica abaixo de 90% pela primeira vez em 2021
Paciente é tratado em UTI da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foto: SILVIO AVILA/AFP
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Pela primeira vez em 2021, a ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS está abaixo de 90% em todos os estados brasileiros. É o que mostra a nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz divulgada nesta quarta-feira 14.

A última vez que todos os estados tiveram índices abaixo de 90% foi em dezembro de 2020.

Apenas cinco estados tiveram aumento nas taxas de ocupação na última semana, segundo o levantamento. São eles: Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins e Goiás. Destes, só o último voltou para a zona de alerta crítica, com crescimento de 74% para 81% na taxa.

“Esse cenário não chega a configurar situações preocupantes, mas de alerta”, observam os pesquisadores no boletim.

Paraná, com 81%, Santa Catarina, 82%, e Distrito Federal, com 80%, também estão na zona crítica junto com Goiás.

Já Acre e Paraíba estão com as situações mais amenas, com 24% e 39% de ocupação dos leitos de UTI Covid. Amapá, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro também estão com situações consideradas confortáveis, com índices menores do que 60%.

Todos os demais estados ocupam a zona intermediária de alerta, de acordo com o levantamento.

 

Outro dado positivo e que indica uma pequena melhora no quadro geral da pandemia no Brasil é que o número de novos casos e mortes no País vem caindo 2% ao dia nas últimas três semanas.

“O alinhamento entre as tendências de incidência de casos novos e da mortalidade pode indicar um processo de arrefecimento mais duradouro da pandemia para os próximos meses”, aponta a pesquisa.

Os pesquisadores, no entanto, alertam que esse arrefecimento só será possível com “a intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento físico e social”.

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