“O mundo não vai recuperar a normalidade em um futuro previsível”, diz OMS

O chefe da OMS pediu aos governos que se comuniquem claramente com seus cidadãos e abordem estratégias para suprimir a transmissão do vírus

Foto: Nelson Almeida/AFP

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O mundo não vai recuperar a “antiga normalidade em um futuro previsível” – advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda-feira 13, um dia após relatar um recorde de 230.000 novos casos de COVID-19 em um dia.

“O vírus continua sendo o inimigo público número um, embora as ações de muitos governos e pessoas não reflitam isso”, declarou à imprensa o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Para ele, “muitos países vão na direção errada”.

“Mensagens contraditórias dos líderes minam o ingrediente essencial de qualquer resposta: confiança”, acrescentou, sem citar nomes.

Mais uma vez, o chefe da OMS pediu aos governos que se comuniquem claramente com seus cidadãos e estabeleçam estratégias abrangentes para suprimir a transmissão do coronavírus e salvar vidas. E que, ao mesmo tempo, peçam à população para continuar tomando as devidas precauções, como respeitar a distância física, lavar as mãos, usar máscaras e se isolar, se estiver doente.

“Se esses princípios básicos não forem seguidos, essa pandemia pode ir apenas em uma direção: ou seja, de pior a pior”, insistiu.


“Quero ser franco com vocês: não haverá um retorno à normalidade em um futuro previsível”, completou.

A pandemia matou mais de 569.000 pessoas em todo mundo desde o final de dezembro. Oficialmente, mais de 12,9 milhões foram contaminadas, e pelo menos 6,9 milhões são consideradas curadas.

Os Estados Unidos são, hoje, o país mais afetado em número de casos e em óbitos. Em segundo lugar, está o Brasil.

“O epicentro do vírus está agora nas Américas, onde se registrou mais de 50% dos casos do mundo todo”, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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