Saúde

‘Nenhuma política pública de saúde será interrompida’, diz Queiroga sobre fim da emergência para Covid no Brasil

Segundo o ministro, ‘a Covid não acabou, nem vai acabar, pelo menos nos próximos tempos’

‘Nenhuma política pública de saúde será interrompida’, diz Queiroga sobre fim da emergência para Covid no Brasil
‘Nenhuma política pública de saúde será interrompida’, diz Queiroga sobre fim da emergência para Covid no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que a Covid não acabou e que nenhuma política pública de saúde será interrompida com o fim do estado de emergência em saúde pública de importância nacional no país. Ele afirmou que será editado um ato normativo com todos os fundamentos que embasaram a decisão do ministério. Entre eles, está a diminuição do número de óbitos e o avanço da vacinação.

“É necessário que haja uma transição para que não tenhamos prejuízo na assistência à saúde. Quero frisar que nenhuma política pública de saúde será interrompida. Nenhuma, absolutamente nenhuma, até porque todas elas foram instituídas pelo governo federal por intermédio do Ministério da Saúde”, disse Queiroga

O ministro ainda afirmou:

“A Covid não acabou, nem vai acabar, pelo menos nos próximos tempos. E precisamos conviver com essa doença e com esse vírus. Felizmente parece que o vírus tem perdido a força, a letalidade. E cada dia vislumbramos um período pós pandêmico. É o que pensamos”.

O novo ato normativo dando fim à emergência em saúde pública, disse Queiroga, apenas reflete a atual realidade do país:

“Na realidade, esse ato normativo apenas reconhece o que vivemos no Brasil atualmente. O fato está aí. A norma tem que ser adequada para que a sociedade brasileira tenha segurança jurídica”.

Em pronunciamento em rede nacional na noite de ontem, Queiroga anunciou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) no país. Segundo o ministro, a decisão foi possível graças à melhora no cenário da pandemia, à ampla taxa de vacinação e à capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

O estado de emergência foi decretado pelo governo federal em fevereiro de 2020, antes da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país. A portaria diminuiu a burocracia para enfrentar a doença e permitiu, entre outras coisas, que a Secretaria de Vigilância em Saúde fizesse a contratação temporária de profissionais de saúde, aquisição de bens e contratação de serviços.

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