“Não somos contra ou a favor do isolamento. É o certo no lugar certo”, diz Teich

Ministro afirmou que o nível da medida será determinado localmente a partir dos números de casos, infraestrutura e evolução da doença

O ministro da Saúde, Nelson Teich. Foto: José Dias/PR

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O ministro da Saúde Nelson Teich afirmou em coletiva nesta quarta-feira 6 que o ministério não tem uma postura contra ou a favor do isolamento social. “Existem vários níveis, desde medidas mais simples, com um distanciamento pequeno, até o lock down. Cada lugar vai ter a sua necessidade. E isso será mapeado para vermos a necessidade”, afirmou.

Segundo Teich contam na definição do modelo a ser adotado o número de casos novos, a infraestrutura local de atendimento e a evolução da doença. “Não é que somos contra ou a favor do isolamento. É o certo no lugar certo”, declarou.

O ministro criticou a postura do ‘tudo ou nada’ que tem sido atribuída à medida. “Não transformem uma política que tem que ser desenhada para flexibilizar a vida das pessoas como um tudo ou nada. Qualquer medida que tomarmos em qualquer direção é revista o tempo todo”, acrescentou. “Críticas ou brigas não ajudam em nada nesse momento, só trazem mais desgaste”, afirmou.

O ministro disse que a ida ao Amazonas, na segunda-feira 4, foi importante para mapear o fluxo da doença e que, a partir disso, serão desenhados diferentes programas de cuidado. “A lógica da doença nas diferentes cidades depende do nível social, que influencia em sua evolução”. Em coletiva na cidade, o ministro afirmou que o governo federal tem recursos escassos para combater o coronavírus e falou sobre a necessidade de otimizar o funcionamento das estruturas disponíveis antes de considerar  implantação de hospitais de campanha.

Teich anunciou novos 592 leitos de UTI para 16 estados. O Amazonas, segundo informou, receberá 10 novos leitos de UTI e contará com um total de 110 leitos exclusivos para o coronavírus. Também declarou que o ministério negocia antecipadamente com laboratórios para que, caso surjam vacinas ou medicamentos eficazes contra o coronavírus, o Brasil tenha a sua cota garantida. “Para que não tenhamos a mesma realidade co o que aconteceu com os respiradores e EPIs”.


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