Mutação da Covid-19 originária da África do Sul é encontrada na Bahia

As diferentes cepas preocupam especialistas pelos impactos na transmissibilidade. O caso também é a 1ª reinfecção identificada na Bahia

Laboratório de pesquisa do coronavírus. Foto: Paula Fróes/GOVBA

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Pesquisadores brasileiros identificaram o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus com uma mutação originária da África do Sul. Os estudos foram submetidos para publicação na revista científica The Lancet nesta sexta-feira 8, e jogam luz sobre as implicações presentes nas variantes do vírus.

Os resultados também confirmam o primeiro caso de reinfecção por coronavírus na Bahia, onde foi realizado o estudo.

“Foi observada, na sequência genética do vírus presente no segundo episódio, a mutação E484K, que é uma mutação identificada originalmente na África do Sul e tem causado muita preocupação no meio médico, pois ela pode dificultar a ação de anticorpos contra o vírus.”, disse em nota o Dr. Bruno Solano, pesquisador do Instituto D’OR, que comandou o estudo na unidade regional do Instituto, no Hospital São Rafael, em Salvador.

Segundo o Instituto, a mutação faz parte de um grupo de variantes associadas ao aumento da infecciosidade. Uma mutação originária do Reino Unido, que tem sido atrelada como a responsável pela explosão no número de casos no país e na Europa, também atua de maneira similar no organismo.

A mutação sul-africana foi recentemente identificada no Rio de Janeiro e a do Reino Unido em São Paulo.


“O grupo de pesquisadores do IDOR, que contou com a colaboração de profissionais da UFMG e da Fiocruz para este estudo, segue investigando outros casos suspeitos de reinfecção para continuar monitorando a presença desta e eventuais outras variantes genéticas que possam estar circulando no país.”, acrescenta a nota.

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