Saúde

Mortes de gestantes e puérperas por Covid-19 dobram em 2021, diz pesquisa

Uma em cada cinco gestantes e puérperas internadas com coronavírus não tiveram acesso a UTIs e cerca de 34% não foram intubadas

Mortes de gestantes e puérperas por Covid-19 dobram em 2021, diz pesquisa
Mortes de gestantes e puérperas por Covid-19 dobram em 2021, diz pesquisa
Foto: EBC Créditos: EBC
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O número de mortes de gestantes e mães de recém nascido por Covid-19 mais do que dobrou este ano em relação à média semanal de 2020. Em 2020, foram registradas 453 mortes (10,5 óbitos na média semanal). Em 2021, até 7 de abril, foram 289 mortes (22,2 óbitos na média semanal).

 

Os dados são do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19). O levantamento aponta que a principal causa é a falta de acesso das mulheres aos tratamentos adequados para o coronavírus.

Ainda de acordo com o Observatório, uma em cada cinco gestantes e puérperas internadas com coronavírus não tiveram acesso a unidades de terapia intensiva (UTIs) e cerca de 34% não foram intubadas.

A média semanal de mortes entre o grupo também é maior se comparada à da população em geral. Enquanto no último grupo houve um aumento de 61,6% na taxa de morte semanal em 2021 na comparação com 2020, entre as gestantes e puérperas o aumento foi de 145,4%.

Nova recomendação do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde passou a recomendar que mulheres grávidas que tenham comorbidades (doenças prévias) recebam a vacinação da Covid-19. A recomendação conta em novas orientações da pasta publicadas no dia 15 de março.

Na nova diretriz estão listadas as doenças: diabetes, hipertensão arterial crônica, obesidade (IMC maior ou igual a 30), doença cardiovascular, asma brônquica, imunossuprimidas, transplantadas, doenças renais crônicas e doenças autoimunes.

As grávidas que não apresentarem comorbidades também podem ser vacinadas, mas o Ministério recomenda uma avaliação prévia de riscos e benefícios.

O Ministério da Saúde recomenda que o “as gestantes, lactantes e puérperas procurem os serviços de saúde somente quando chegar a fase de vacinação do grupo prioritário no qual elas estão inseridas”.

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