Ministério da Saúde diz que 7 estados não têm estoque suficiente de seringas

A pasta ainda alega que a responsabilidade pela compra das unidades do produto é dos governos estaduais

A auxiliar de enfermagem Zulema Riquelme foi a primeira a receber a vacina no Chile. Foto: Marcelo Segura/AFP

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Em resposta a uma intimação do Supremo Tribunal Federal (STF), enviada pelo ministro Ricardo Lewandowski, o Ministério da Saúde afirmou que os estados possuem cerca de 80 milhões de agulhas e seringas para as primeiras fases de vacinação contra a Covid-19, e que a União, por sua vez, não possui estoque disponível no momento para auxiliar possíveis faltas.

O documento foi uma resposta a um pedido protocolado na Corte pela Rede Sustentabilidade.  No ofício, o partido argumenta que “o Governo Federal, além de não ter iniciado a vacinação, lança obstáculos ao adequado emprego das vacinas que devem ser adquiridas”.

Segundo o Ministério, que enviou sua resposta com a assinatura do general Eduardo Pazuello, titular da pasta, sete estados não têm estoque suficiente para concluir as primeiras fases da vacinação, que devem vacinar profissionais de saúde e idosos. São eles Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina. A imunização é feita em duas doses.

“Atualmente, o quantitativo disponível no conjunto dos Estados é suficiente para o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, em janeiro e fevereiro, uma vez que o fornecimento e a distribuição das vacinas serão realizados de forma gradual, de acordo com a disponibilidade dos laboratórios”, informou a Saúde.

 


 

O relatório também afirma que o Ministério realizou a transação de adquirir 40 milhões de seringas e agulhas com a Organização Pan-Americana de Saúde, a Opas. No entanto, ainda não há expectativa de entrega dos insumos – uma negociação de que ao menos metade do prometido fosse entregue falhou em dezembro de 2020.

Há ainda a citação a uma análise do representante da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de laboratórios (ABIMO), que afirma que a logística de produção de 20 milhões de seringas e agulhas, em um espaço tão curto de tempo, provavelmente não seria possível.

Leia a resposta completa aqui.

 

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