Maioria dos brasileiros não pretende frequentar cinemas, bares e restaurantes no momento, diz FGV

Segundo estudo, maior parte dos entrevistados diz não considerar ir a locais de aglomeração 'em hipótese nenhuma'

Lanchonetes, bares e restaurates do Rio de Janeiro reabriram com restrição de horário, lotação e distância entre mesas. Foto: Tania Rego/Agência Brasil

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Maioria dos brasileiros não pretende frequentar locais de aglomeração no período da pandemia, afirma pesquisa divulgada nesta sexta-feira 24, pelo Instituto Brasileiro de Econômica da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE). De acordo com o levantamento, entre 54,5% e 80% declararam que não frequentariam, em hipótese alguma, estabelecimentos como bares, restaurantes, cinemas, teatros e shopping centers, nem fariam viagem de férias.

O estudo consultou 1.500 consumidores de 7 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Brasília. As entrevistas foram realizadas entre os dias 2 e 16 de julho, com brasileiros de diferentes faixas de renda.

O pior resultado está relacionado aos cinemas e teatros, onde 80% afirmaram que não iriam em hipótese alguma, e somente 17,2% disseram que iriam mediante a adoção de medidas de prevenção adequadas. O índice também é majoritário em relação aos bares e restaurantes: 64% afirmaram que não iriam em hipótese alguma, enquanto 32,5% dizem que frequentariam esses espaços com medidas de prevenção.

O percentual menos pessimista, de acordo com a pesquisa, é referente aos shopping centers, onde 54,5% dizem que não frequentariam em hipótese nenhuma, e 40,9% afirmaram que iriam mediante ações preventivas.

No Rio de Janeiro, 37,9% dos cariocas consideraram “muito rápido” o ritmo de flexibilização das medidas de isolamento. Outros 23,3% avaliaram o ritmo como “rápido”, enquanto 23,8% acharam “normal”, 10,1% como “lento” e 4,9% como “muito lento”.


Em relação aos cariocas, mais paulistanos consideraram o ritmo da flexibilização como “normal”. Segundo o estudo, 31,7% consideraram como “normal”, 27,7% acharam “muito rápido”, 24,2% afirmaram que foi “rápido”, 11,8% classificaram como “muito lento”, e 4,8% como “muito lento”.

A média nacional é de 29,9% de brasileiros que avaliaram como “muito rápido”, e 27,8% disseram que acham “normal”.

O estado de São Paulo é o mais afetado pelo coronavírus. De mais de 84 mil óbitos e 2,2 milhões de casos de covid-19 em todo o Brasil, o território paulista acumula 20.984 vítimas fatais e 452.007 infectados, segundo atualização do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na quinta-feira 23.

O governador João Doria (PSDB) já autorizou a reabertura de shoppings, bares, restaurantes, academias e salões de beleza, e prevê a retomada das atividades escolares de forma presencial em 8 de setembro. Na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) ainda não informou previsão de data.

 

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