Saúde

Governos estaduais rebatem Ministério da Saúde sobre falta de seringas

Ao menos duas secretarias afirmam, em nota, que pasta comandada por Pazuello repassou informações infundadas ao Supremo Tribunal Federal

Governos estaduais rebatem Ministério da Saúde sobre falta de seringas
Governos estaduais rebatem Ministério da Saúde sobre falta de seringas
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Sergio Lima/AFP O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Sergio Lima / AFP
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Os governos da Bahia e do Espírito Santo rebateram nesta quinta-feira 14 o ofício enviado pelo Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal em que afirma que sete estados não têm estoque suficiente para concluir as primeiras fases da vacinação contra a Covid-19 no País.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo afirmou estar “preparada para vacinar toda sua população alvo contra a Covid-19” e negou que o estado enfrentasse dificuldades para atender a demanda inicial da vacinação. Ainda segundo a pasta, o Ministério da Saúde “repassou informações infundadas ao STF em resposta a ação que proibia a União de requisitar seringas e agulhas compradas pelo estado”.

“Atualmente, o Espírito Santo conta com 1,7 milhões de seringas em estoque, e adquiriu 6 milhões que serão entregues de forma fracionada até o final de janeiro. É importante frisar que o processo foi finalizado em outubro de 2020 – antes da crise estabelecida por possível falta do insumo no mercado. Além dos 6 milhões, a Sesa ainda tem outro processo de aquisição tramitando para a compra de mais 10,5 milhões de seringas através de Ata de Registro de Preços”, acrescenta o governo.

Já a gestão de Rui Costa (PT-BA) afirma que a Bahia tem estoque de 10,2 milhões de seringas e agulhas:

“A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia esclarece que possui 10,2 milhões de seringas e agulhas em estoque para a vacinação contra o coronavírus. Adicionalmente, foram adquiridas 19,8 milhões de seringas e agulhas, com a entrega de 4 milhões nos próximos 15 dias, 4 milhões em fevereiro e o restante nos meses de abril, maio e junho. Este quantitativo é mais do que suficiente para a imunização dos grupos prioritários da campanha de vacinação e se contrapõe a informação equivocada do Ministério da Saúde enviada ao Supremo Tribunal Federal”.

Além da Bahia e do Espírito Santo, documento aponta falta de estoques no Acre, no Mato Grosso do Sul, na Paraíba, em Pernambuco e em Santa Catarina.

O governo de Pernambuco disse que dispõe de 3,9 milhões de unidades em estoque, vai receber mais 2,8 milhões de seringas até o fim de janeiro e outras 7,5 milhões já foram adquiridas e devem chegar ao estado até o fim do mês de fevereiro.

Já o de Mato Grosso do Sul afirmou ter 2,5 milhões de seringas e agulhas em estoque.

A secretaria de Santa Catarina diz ter 9,5 milhões de seringas e 3 milhões de agulhas.

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