Saúde

Fiocruz emite alerta para reversão na tendência de queda dos casos de síndrome respiratória

A fundação reforça ‘a necessidade de manutenção de medidas de controle de transmissão’

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Um boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira 5 pela Fiocruz indica uma possível reversão na tendência de queda de casos de Síndrome Aguda Respiratória Grave no Brasil.

De acordo com os dados, há um sinal de queda na tendência de longo prazo – em relação às últimas seis semanas -, mas o estudo aponta um sinal moderado de crescimento quanto às últimas três semanas.

Apenas Acre, Mato Grosso do Sul e Pará tinham sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana entre 25 e 31 de julho. O boletim observou sinais de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo em Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rondônia.

No Ceará, percebe-se um sinal forte de crescimento na tendência de curto prazo, mas com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo. No Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, há um sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo, acompanhado de sinal de estabilidade na tendência de longo prazo. Em São Paulo, que também apresenta sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo, nota-se um sinal moderado de queda nas últimas seis semanas.

A fundação alerta que, “por mais que os sinais de tendência sejam, em sua maioria, positivos, com poucos estados indicando sinais de crescimento, os valores semanais ainda são elevados”. Por isso, o boletim Infogripe “destaca a necessidade de manutenção de medidas de controle de transmissão”.

Esse alerta ganha ainda mais importância ao se considerar o risco de disseminação da variante Delta do coronavírus, mais transmissível que as demais cepas em circulação no Brasil. Na quarta-feira 4, governadores enviaram uma carta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em que pedem ações imediatas contra a disseminação da variante identificada originalmente na Índia.

Os gestores estaduais solicitam assistência especial para o Rio de Janeiro, onde houve aumento de 50% nos casos da variante nos últimos 10 dias. Na capital fluminense, a cepa representa 45% dos casos de Covid-19.

O texto solicita a Queiroga o envio de mais vacinas para a população do Rio de Janeiro, já que a alta de casos configura “ameaça aos esforços de vacinação em todo o território nacional” .

“Os governadores expressam preocupação com a eventual 3ª onda, resultando em aumento do número de óbitos e infectados no País, que teria o Rio de Janeiro como principal epicentro de disseminação da nova variante, a qual vem apresentando a característica de ser 100% mais contagiosa do que a cepa originária e 30% em relação à variante P1”, diz a carta, com base em alertas de especialistas em infectologia.

Os chefes estaduais dizem ainda que o Ministério da Saúde deve oferecer “ações imediatas” para “evitar uma catástrofe de proporções ainda mais graves no futuro próximo”.

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