Saúde
Fiocruz aplica primeiras doses da vacina de Oxford no Brasil
‘Sem o SUS não seria possível’, afirmou presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade


A Fundação Oswaldo Cruz aplicou, neste sábado 23, as primeiras vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. Dez funcionários da Fiocruz foram vacinados. O primeiro foi o infectologista Estevão Portela, do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz. A médica pneumologista Margareth Dalcolmo também recebeu imunização.
As doses aplicadas fazem parte do lote de dois milhões de doses que chegou da Índia na sexta-feira 22. As vacinas prontas foram fabricadas pelo Instituto Serum, do país asiático, e revisadas pela Fiocruz.
Após a vacinação simbólica, as doses foram encaminhadas para outros estados. Elas devem chegar primeiro no Ceará, no Amazonas e no Pará. Conforme anunciou o ministro Eduardo Pazuello, 5% das vacinas de Oxford serão destinadas a Manaus.
A logística de distribuição fica sob a responsabilidade do Ministério da Saúde. Segundo a presidente da Fundação, Nísia Trindade, o imunizante deve ser produzido em breve no próprio instituto. “Sem o Sistema Único de Saúde e a tradição do Programa Nacional de Imunização, nada seria possível”, declarou ela, em coletiva de imprensa.
Uma nova remessa de vacinas de Oxford produzidas na Índia é esperada para o começo de fevereiro.
Além dos imunizantes de Oxford, o Brasil conta com a vacina do laboratório chinês Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante começou a ser aplicado em 17 de janeiro, com a presença do governador João Doria (PSDB). Até agora, 10,8 milhões de doses da Coronavac foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
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