Saúde

Fiocruz alerta para possível alta nos casos de síndrome respiratória grave

Em quatro das 27 unidades federativas há sinal de crescimento na tendência de longo prazo

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz nesta quarta-feira 18 indica que persiste o cenário de interrupção de queda e de possível ascensão dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Isso significa que os dados referentes à Covid-19 podem voltar a crescer.

Conforme o estudo, quatro das 27 unidades da Federação apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Por outro lado, somente cinco têm sinal de queda na tendência de longo prazo: Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Roraima e Tocantins. No MT, porém, a Fiocruz alerta para “subnotificação de casos de SRAG no Sivep-Gripe em razão de sistema próprio de registro”.

No caso da Paraíba, observa-se um sinal de crescimento na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas), o que sugere possível interrupção na tendência de queda – sinal presente em outros 10 estados.

O boletim também oferece um recorte por capitais. Seis delas mostram um crescimento na tendência de longo prazo: Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Em oito foi observado um sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL) e Palmas (TO). Na tendência de curto prazo, apresentam crescimento Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI).

De acordo com a Fiocruz, todos os estados têm macrorregiões em nível alto ou superior, sendo que nove estados e o Distrito Federal contam com macrorregiões em nível extremamente elevado. “Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida”, diz o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

“Nos estados em que temos sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo, deve-se interpretar como sinalização de possível interrupção de queda, com tendência de crescimento a ser reavaliada nas próximas semanas”, acrescenta o especialista.

Nesta quarta, o Brasil chegou à marca de 571.662 mortes por Covid-19, 1.064 delas nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos, que considera os últimos sete dias, é de 845.

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