Saúde
Fim da emergência de Covid-19 é ‘intempestiva’, diz secretário de Saúde de SP
Governo federal não detalhou como serão os próximos passos e se novas medidas podem ser impostas


O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que a decretação do fim do estado de emergência pública causado pela Covid-19 é “intempestiva”.
A medida foi anunciada no domingo 17 pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O fim da emergência de saúde pública pode afetar autorizações de emergência, aquisição de vacinas e remédios para tratamento da doença.
“É uma atitude intempestiva. Não poderia acontecer neste momento. Hoje, temos um País desigual na vacinação. Não falo de São Paulo, que é uma realidade muito diferente do Brasil”, declarou Gorinchteyn ao UOL.
O anúncio do governo federal não detalhou como ficarão as medidas atreladas ao Estado de Emergência. Apesar da decretação, o ministro afirmou que ainda não se chegou ao fim da pandemia.
“Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde os brasileiros, em total respeito à Constituição Federal”, disse.
Nas últimas 24 horas, o País registrou 2.542 novos casos da doença. Segundo dados das secretarias de Saúde, 82,87% da população tem ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
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