Mundo
Família de Stephen Hawking doa seu respirador para o combate à covid-19
Filha do físico doou aparelhos que ajudavam o pai a respirar ao hospital que o socorreu durante a vida


A família do astrofísico britânico Stephen Hawking doou seu respirador ao hospital de Cambridge que o tratou para ajudar na luta contra a pandemia de covid-19.
Sua filha Lucy Hawking afirmou que o Royal Papworth Hospital de Cambridge proporcionou a seu pai um apoio médico “brilhante, dedicado e compassivo” até sua morte, aos 76 anos, em 14 de março de 2018.
“Se ainda estivesse vivo, percebemos que ele estaria na linha de frente da pandemia da covid-19 e entramos em contato com alguns de nossos velhos amigos para perguntar se poderíamos ajudar”, explicou em comunicado publicado no site do hospital.
Após a morte do físico, afetado desde a juventude por uma doença degenerativa, a família devolveu ao hospital todo o equipamento respiratório que o Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico havia proporcionado.
Mas Hawking também comprou algumas máquinas, explicou a filha. “Agora estamos entregando ao NHS com a esperança de que ajudem na luta contra a covid-19”, afirmou, ao mesmo tempo que elogiou o papel “incrivelmente importante” que o Royal Papworth Hospital teve em “momentos realmente difíceis” para seu pai.
A doação acontece no momento em que o Reino Unido, que se viu gravemente afetado pela pandemia de coronavírus com mais de 17.000 mortes registradas apenas em hospitais, sofre com a falta de equipamentos médicos necessários para enfrentar a crise de saúde.
De acordo com o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, o país tinha entre 9.000 e 10.000 respiradores no NHS no início de abril e outros 2.000 em clínicas privadas. Hancock anunciou a chegada de 1.500 máquinas adicionais nas próximas semanas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Segunda onda do coronavírus nos Estados Unidos pode ser ainda pior
Por AFP
Alemanha inicia testes em pacientes de vacina contra coronavírus
Por AFP
Com estratégia de baixo custo, Vietnã é exemplo no combate à covid-19
Por RFI