Saúde

‘Estamos entrando em colapso’, diz secretário de Saúde de Santa Catarina

Comunicado pede aos gestores municipais atenção à falta de abastecimento de oxigênio e EPIs e imposição de medidas de distanciamento social

(Foto: Mauricio Vieira / Arquivo / Secom Governo de SC)
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Uma mensagem e um ofício enviados aos 295 secretários municipais de Saúde do estado de Santa Catarina alertam os municípios para que se preparem para o pior: “Preciso informar a todos que a situação da pandemia deteriorou no Estado todo e, a exemplo do que acontece nas regiões mais a oeste, estamos entrando em colapso.”

O aviso foi divulgado na quarta-feira 24 pelo secretário estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, e acompanhou um ofício no qual ele pede para que os secretários atentem-se aos riscos de desabastecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) e oxigênio.

“Infelizmente, percebe-se fenômeno similar no resto do País. Solicito aos gestores municipais que tomem medidas emergenciais para diminuir significativamente a circulação das pessoas, mantendo apenas serviços essenciais e que convoquem toda a força de trabalho da Saúde para o enfrentamento.”, escreveu Ribeiro.

A íntegra do documento que acompanha o recado foi publicado pelo portal catarinense ND Mais. “Reiteramos a necessidade de que todas as Unidades de Saúde reforcem seus quantitativos em estoque dos medicamentos que compõem o ‘kit intubação’ e dos demais medicamentos para a assistência desses pacientes”, diz o texto.

O estado passa por uma grave crise de disponibilidade de leitos para doentes com Covid-19. Das 16 regiões do estado, 15 são classificadas sob “risco potencial gravíssimo” para a contaminação e complicações por coronavírus. A outra é considerada “grave”.

A ocupação dos leitos de UTI em Santa Catarina chegou a mais de 91% na quarta-feira 24, a maior desde o início da pandemia. Já são 7.114 mortes e mais de 652 mil casos de coronavírus confirmados em todo o estado, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Com isso, o estado publicou um decreto com medidas restritivas de circulação. Ficam proibidos, por quinze dias, atividades em casas noturnas e de espetáculos, a venda e consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis entre 0h e 06h, a limitação da ocupação dos ônibus em 50% dos passageiros sentados, entre outros. As escolas da rede pública estadual, entretanto, tiveram o ensino presencial mantido.

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