Saúde

Epidemia pode piorar no Brasil sem ações mais rígidas, diz estudo

Imperial College London afirmou que a proliferação do coronavírus no país ainda não está controlada

Epidemia pode piorar no Brasil sem ações mais rígidas, diz estudo
Epidemia pode piorar no Brasil sem ações mais rígidas, diz estudo
São Paulo é o estado brasileiro com mais mortes e infecções por coronavírus. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O surto do coronavírus no Brasil apenas começou e pode piorar se medidas mais rígidas não forem adotadas. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada nesta sexta-feira 8, pelo Imperial College London, instituição reconhecida por estudos epidemiológicos.

O estudo afirma que o Brasil “é um epicentro da covid-19 na América Latina” e destaca que a proliferação do vírus diminuiu após intervenções não-farmacêuticas, como o fechamento de escolas e a diminuição da mobilidade da população.

O levantamento descreve a epidemia brasileira segundo três aspectos epidemiológicos: o número de infecções, o número de mortes e o número de reprodução. No início da epidemia, em média, um indivíduo infectado contaminaria três ou quatro pessoas.

A análise da situação em 16 estados mostra que o número de reprodução “caiu substancialmente”. No entanto, permanece acima de 1, índice que significa que a epidemia ainda não está controlada e continuará a crescer.

Segundo o estudo, essa tendência está em forte contraste com outras grandes epidemias de coronavírus na Europa e na Ásia, onde bloqueios forçados reduziram o índice para abaixo de 1.

Em uma estimativa divulgada em 30 de abril, o Imperial College London avaliou que o Brasil e os Estados Unidos são as nações mais preocupantes dentro de um ranking de 48 países com a presença do coronavírus.

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