Saúde
Einstein desenvolve teste com capacidade 16x mais rápida para identificar coronavírus
Tecnologia consegue processar mais de 1500 amostras simultaneamente, diz Hospital, o que pode ajudar na testagem massiva da população
Um novo teste para identificar o Sars-Cov-2, o vírus que causa a covid-19, foi desenvolvido pelo núcleo de pesquisa do Hospital Albert Einstein e deve acelerar o processo de testagem em massa do Brasil – que, apesar de já ultrapassar os 310 mil casos confirmados de coronavírus, ainda tem uma grande subnotificação, segundo dizem pesquisadores.
O teste do Einstein funciona de maneira similar ao teste RT-PCR, que procura por fragmentos do vírus nas células sanguíneas – os chamados testes moleculares. Segundo o informado pelo Hospital, o teste novo é baseado em uma tecnologia chamada Sequenciamento de Nova Geração (Next Generation Sequencing – NGS), que identifica o RNA (material genético) do vírus.
As primeiras validações afirmam que há sensibilidade positiva na casa dos 90%, taxa de identificação maior do que muitos testes rápidos adquiridos pelo governo e que podem gerar os chamados “falso positivo” ou “falso negativo’. De acordo com o Einstein, o maior diferencial do teste, além de sua confiabilidade, é a capacidade de processamento simultâneo de pelo menos 1.536 amostras ao mesmo tempo – cerca de 16 vezes maior do que o teste convencional de RT-PCR.
O Hospital informa que o teste deverá estar disponível no início de junho. Já que são necessários equipamentos específicos de processamento tecnológico de todos os testes, não foi divulgado se a tecnologia será exportada para outros estados do Brasil além de São Paulo, sede do Einstein.
No entanto, o Hospital afirmou que há “potencial” para o teste seja adotado em grande escala devido ao “baixo nível de utilização” dos laboratórios de NGS por conta da pandemia. Todo o processo já foi patenteado junto à comunidade internacional, que também poderá solicitar o uso da tecnologia para rastrear o coronavírus em seus países.
Atualmente, o mundo já tem mais de 5 milhões de infectados e ao menos 333 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins, que realiza uma análise global em tempo real desde o início da pandemia.
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