Covid: vacinas usadas no Brasil aumentam proteção contra a reinfecção, mostra estudo da Fiocruz

Coronavac, AstraZeneca, Janssen e Pfizer diminuíram risco de infecção, hospitalização e morte entre pessoas que se contaminaram com o coronavírus antes de serem imunizadas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Um novo estudo do projeto VigiVac da Fiocruz, publicado na revista Lancet Infectious Diseases na quinta-feira, demonstra que as vacinas ofertadas pela Programa Nacional de Imunizações (PNI) contra a Covid-19 são eficazes para proteger os brasileiros nos casos de reinfecção. A pesquisa mostra um aumento da proteção para evitar infecção e, principalmente, hospitalização e óbito de pessoas que já tinham sido infectadas antes de se vacinarem.

A pesquisa mostra que, entre aqueles que tinham histórico de Covid-19 antes de receberem algum imunizante, a eficácia da vacina foi de 57,7% para a Janssen, 81,3% para a CoronaVac, 89,7% para a Pfizer e 89,9% para a AstraZeneca. A proteção é referente à hospitalização ou morte após 14 ou mais dias da conclusão da série vacinal.

Os dados reforçam que todas as quatro vacinas conferem proteção adicional contra desfechos graves de Covid-19. Além disso, o fornecimento de uma série completa de vacinas para indivíduos após a recuperação de Covid-19 pode reduzir a morbidade e a mortalidade.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram a metodologia de estudo de teste negativo (TND) com caso-controle. Baseando-se nos dados nacionais de notificação, hospitalização e vacinação de Covid-19, no período de fevereiro de 2020 a 11 de novembro de 2021, os pesquisadores identificaram 213.457 pessoas que apresentaram doença sintomática e realizaram teste de RT-PCR pelo menos 90 dias após a infecção inicial por Sars-CoV-2 e após o início do programa de vacinação. Entre eles, 14,5% (30.910 pessoas) tiveram a reinfecção confirmada.

Os pesquisadores então compararam casos sintomáticos de RT-PCR positivo com até dez integrantes do grupo controle que apresentaram sintomas e testes RT-PCR negativos, restringindo ambos os grupos a testes feitos pelo menos 90 dias após uma infecção inicial. A partir de regressão logística condicional multivariável, eles avaliaram as chances de positividade do teste e as chances de hospitalização ou morte por Covid-19 de acordo com o status vacinal e o tempo desde a primeira ou segunda dose das vacinas.

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