A vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech e pelo Instituto Butantan no Brasil, se demonstrou 50% efetiva ao prevenir o adoecimento causado pela variante P.1 do coronavírus 14 dias após a aplicação da 1ª dose.
O estudo envolveu 67.718 trabalhadores de saúde da cidade de Manaus, que tem prevalência dessa variante da Covid-19, e teve parte do resultado divulgado nesta quarta-feira 7.
Os dados foram coletados pelo Grupo Vebra Covid-19 (Efetividade da Vacina no Brasil contra a COVID-19, em tradução livre), composto por pesquisadores de instituições nacionais e internacionais e servidores de secretarias de saúde de Amazonas e São Paulo.
“Os resultados são encorajadores porque a Coronavac continua sendo efetiva na redução de risco de doença sintomática em um cenário com mais de 50% de prevalência de P.1. Esses achados apoiam o uso contínuo dessa vacina no Brasil e em outros países com a circulação da mesma variante”, aponta o grupo em comunicado que informou os resultados preliminares.
Atualmente, a Coronavac é predominante na campanha nacional de imunização contra a Covid-19. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, 85% das vacinas disponíveis no País são do Instituto Butantan.
O acompanhamento para a coleta de dados relativos à efetividade da proteção da vacina após 14 dias de aplicação da 2ª dose continuará sendo feito, afirmam.
Em conjunto com a Coronavac, há também projetos de análise sobre a efetividade da vacina da AstraZeneca em idosos nas cidades de Manaus, Campo Grande e São Paulo, além de todo o estado de SP.
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