Saúde
Em cinco meses, Pazuello quase triplicou número de militares na Saúde
A chegada do governo Bolsonaro também inflou a presença dos oficiais no Executivo, de 8,2 a 15,1%


A presença dos militares na Saúde deu um salto com a chegada do ministro Eduardo Pazuello à pasta em maio de 2020: eles eram 2,7% em abril e chegaram a 7,3% em setembro do mesmo ano, com cinco meses de sua gestão.
A valorização expressiva dos militares acontece desde a chegada do governo Bolsonaro em janeiro de 2019. O contingente de militares no Executivo passou de 8,2% a 15,1% até setembro do ano passado.
Os dados pertencem a um gráfico animado desenvolvido pelas equipes da deputada federal Tábata Amaral e do senador Alessandro Vieira. A ferramenta usa base de dados do Portal da Transparência e que vai de janeiro de 2013 até setembro de 2020.
Esse é um gráfico animado que mostra a evolução da presença dos militares no Executivo. Na Presidência, o contingente saltou, de 2013 a 2020, de 2,6% para 15,1% do total de comissionados. Esse foi um trabalho incrível que a minha equipe e a do @Sen_Alessandro fizeram. pic.twitter.com/kojwL46PBf
— Tabata Amaral 🇧🇷 (@tabataamaralsp) February 6, 2021
Entre os ministérios, o que mais acumula militares é o de Minas e Energia, com 10,8% do total. O de Relacões Exteriores é o que menos tem a concentração, 0,5%.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.