Saúde

Com demora do governo, Pfizer não poderá entregar vacinas em dezembro

Farmacêutica projeta início da distribuição em janeiro e de forma escalonada

Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A farmacêutica norte-americana Pfizer não considera plausível a intenção anunciada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de iniciar uma vacinação emergencial contra a Covid-19 ainda neste mês.

“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, em hipótese, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer. O ‘se’ é porque o contrato está sendo fechado. Desculpa o gerúndio. Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro”, disse o general na quarta-feira 9.

A empresa, no entanto, ainda aguarda que o governo de Jair Bolsonaro assine uma carta de intenção de compra de 70 milhões de doses do imunizante. As negociações estão avançadas e devem ser concluídas até o final desta semana.

Além disso, a companhia justifica o fato de não ter apresentado um pedido de autorização para uso emergencial da vacina pela demora do governo federal em formalizar o interesse na compra das doses. A Pfizer iniciou o processo de submissão contínua de dados para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 25 de novembro.

Na terça-feira 8, em sessão na Câmara dos Deputados, o presidente da farmacêutica no Brasil, Carlos Murillo, afirmou que, diante da lentidão da gestão de Jair Bolsonaro para fazer o pedido, só seria possível iniciar a entrega das vacinas em janeiro.

“Nós estimamos que em dezembro já não temos possibilidade de entregar, teríamos que ter terminado antes. Nosso objetivo mesmo teria que ser janeiro”, declarou Murillo, indicando que o começo da entrega das vacinas terá de ser feito de modo “escalonado”.

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