Saúde

Cientistas criam aplicativo que detecta Covid-19 por voz com precisão de 89% e resultado em 1 minuto

Modelo baseado em inteligência artificial é mais preciso e barato que testes de antígenos

Cientistas criam aplicativo que detecta Covid-19 por voz com precisão de 89% e resultado em 1 minuto
Cientistas criam aplicativo que detecta Covid-19 por voz com precisão de 89% e resultado em 1 minuto
Testes RT-PCR em Paris, na França. Foto: ALAIN JOCARD / AFP
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Cientistas holandeses apresentaram na manhã desta segunda-feira um aplicativo de celular que é capaz de detectar a Covid-19 pela voz do paciente. Baseado em inteligência artificial, o software registrou precisão de 89% nos diagnósticos, que saem em menos de um minuto.

O aplicativo foi demonstrado no Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia, realizado nesta semana, em Barcelona, na Espanha.

A criação do aplicativo partiu da premissa de que a Covid-19 geralmente afeta o sistema respiratório e as cordas vocais, causando alterações na voz da pessoa. Os cientistas então usaram dados da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que arquivou 893 amostras de áudio de 4.352 participantes, sendo que desse total já se sabia que 308 estavam com Covid-19.

A etapa seguinte consistiu na análise da voz dos participantes. O aplicativo verificou características como volume, potência e variação da voz ao longo do tempo. Para isso, foram enviados registros de sons respiratórios como tosse e a gravação da leitura de uma frase curta.

“O modelo de inteligência artificial foi preciso 89% das vezes, enquanto a precisão do lado dos testes rápidos variaram muito dependendo na marca”, disse o pesquisador Wafaa Aljbawi. “Esses resultados promissores sugerem que gravações de voz simples e algoritmos refinados podem alcançar alta precisão na determinação de quais pacientes estão infectados com Covid-19”, acrescentou.

O nível de acerto do aplicativo o torna mais preciso do que os testes rápidos vendidos em farmácias. Além disso, ele é barato, rápido e fácil de usar. De acordo com os pesquisadores, do Data Science Institute, da Universidade de Maastricht, na Holanda, essas características favorecem o uso da ferramenta em países de baixa renda onde os testes PCR ainda são caros e pouco acessíveis.

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