Saúde

Cientistas argentinos desenvolvem teste da covid-19 barato e rápido

É o primeiro teste desse tipo validado na América Latina e o segundo no mundo, sendo o primeiro japonês

Cientistas argentinos desenvolvem teste da covid-19 barato e rápido
Cientistas argentinos desenvolvem teste da covid-19 barato e rápido
Presidente argentino Alberto Fernandéz segura teste rápido para covid-19 desenvolvido no país - Foto: Casa Rosada
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Cinco cientistas do CONICET, a agência de ciência e técnica do Estado argentino, em colaboração com um laboratório local, desenvolveram um teste molecular para diagnosticar a covid-19 que promete ser mais rápido, mais simples e mais barato do que os atuais.

“Este teste é importante porque é uma ferramenta a mais. Em uma situação de pandemia, todas as ferramentas que servem para determinar condições epidemiológicas ou contribuir para o diagnóstico já são boas”, explicou à RFI Carolina Carrillo, que faz parte do grupo de pesquisa.

“Além disso, neste caso, como é uma reação molecular, possui sensibilidade e especificidade como os testes sorológicos, mas leva muito menos tempo, e é mais fácil de executar. Eu só preciso de um dispositivo térmico, que pode ser de qualquer tipo, desde que observe a temperatura estável, na temperatura de reação de 64°C, por uma hora”, detalha.

“Isso facilita a aquisição deste equipamento, mesmo pela maioria dos laboratórios, por mais simples que sejam, porque eles possuem algum tipo de aquecedor. O teste também é mais econômico, não apenas devido à ação do equipamento em si, mas também porque os reagentes são um pouco mais baratos”, enfatiza.

“Neokit-covid-19”

“Aqui no país existem outros grupos que estão desenvolvendo reações semelhantes. Não inventamos a reação, mas já tivemos uma reação química descrita desde 2000 por um grupo de japoneses; aplicamos essa reação de uma maneira que nos permite fazer um diagnóstico eficaz “, diz a Dr. Carrillo.

O chamado Neokit-covid-19 permite indicar em menos de 2 horas, a partir de uma amostra respiratória, se uma pessoa está ou não infectada com o novo coronavírus.

“O teste consiste em alguns componentes que tornam o exame muito simples de operar e em muito pouco tempo é possível amplificar molecularmente se o vírus estiver presente. Então, a olho nu, é possível detectar. Se essa amplificação molecular ocorreu, a reação muda de cor, parece azul, e isso significa que o vírus está lá originalmente. Se o vírus não estava presente, a amplificação molecular não pode ocorrer porque não possui recozimento, não há lugar para copiar no molde e a reação permanece violeta”, resume o cientista argentino.

O custo de produção de cada kit foi calculado em US$ 8 e é projetada uma produção que permitirá cerca de 200 mil testes mensais.

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