Chefe da ONU pede cessar-fogo ‘imediato e global’ diante do avanço do coronavírus

Vírus pode causar estragos em países em conflito, que geralmente são muito pobres e têm saúde precária

(Foto: MOHAMMED ABED / AFP)

Apoie Siga-nos no

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lançou nesta segunda-feira 23 chamado a “um cessar-fogo imediato e global” para preservar os civis dos países em conflito diante da pandemia de coronavírus.

“A fúria do vírus revela claramente que a guerra é louca”, enfatizou durante um breve discurso na sede da ONU, sem citar nenhum país em particular. “É por isso que hoje estou pedindo um cessar-fogo imediato e global em todos os cantos do mundo”, declarou.

Especialistas e diplomatas acreditam que o vírus causará importantes estragos em países em conflito, que geralmente são muito pobres e têm sistemas de saúde frágeis.

A Síria já registrou um primeiro caso de COVID-19 e contágios foram relatados em outros lugares com conflitos, como na República Democrática do Congo e no Afeganistão.

“É hora de colocar o conflito armado em isolamento e nos concentrarmos na verdadeira luta de nossas vidas”, disse Guterres. “Silenciem as armas; parem as artilharias; acabem com os ataques aéreos”, pediu. Suspender os combates será crucial para a abertura de corredores para fornecer ajuda e salvar vidas, disse ele.


“Vamos acabar com o flagelo da guerra e combater a doença que está devastando o mundo. Isso começa pelo fim dos combates em todos os lugares. Agora”, enfatizou.

Após o pedido de Guterres na semana passada para fornecer uma resposta global à pandemia que coloca “milhões” de vidas em risco, a ONU deve divulgar na quarta-feira 25 um plano detalhado de ajuda humanitária global, com a criação de um fundo dedicado à luta internacional contra o vírus.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.