Mundo

Brasileiro Jarbas Barbosa é eleito diretor da Organização Pan-Americana da Saúde

O escritório é encarregado de promover políticas de saúde para a região e ganhou relevância no combate à pandemia da Covid-19

Jarbas Barbosa em seu período à frente da Anvisa. Foto: Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O brasileiro Jarbas Barbosa da Silva Jr. foi eleito nesta quarta-feira 28 diretor da Organização Pan-americana da Saúde para um mandato de cinco anos, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-americana, celebrada em Washington, D.C.

O escritório para as Américas da Organização Mundial da Saúde é encarregado de promover políticas de saúde para a região e ganhou relevância no combate à pandemia da Covid-19.

Médico sanitarista e epidemiologista, Barbosa da Silva Jr. conhece bem a organização, da qual é vice-diretor e na qual ocupou outros cargos no passado.

Especialista em saúde pública, também trabalhou no Ministério da Saúde como diretor do Centro Nacional de Epidemiologia e foi diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Por 21 votos a 16, Barbosa da Silva foi eleito na quarta rodada de uma votação secreta frente ao panamenho Camilo Alleyne, depois que nenhum dos dois obteve a maioria de 20 votos necessários na terceira votação.

Nas duas primeiras rodadas foram eliminados os outros três candidatos: a haitiana Florence Duperval Guillaume, a mexicana Nadine Flora Gasman Zylbermann e o uruguaio Daniel Salinas. Inicialmente, também estava na disputa o colombiano Fernando Ruiz Gómez, mas o governo do presidente Gustavo Petro retirou o apoio ao seu nome.

Barbosa assumirá o cargo em 1º de fevereiro de 2023, substituindo Carissa F. Etienne, da Dominica, que deixará o posto após dois mandatos, marcados, nos últimos anos, pelo enfrentamento da pandemia.

“Não é fácil seguir a liderança da doutora Etienne, mas estou, sim, convencido de que, com o mesmo compromisso que nós temos de fortalecer a qualidade de vida e a saúde, poderemos trabalhar de forma conjunta”, afirmou Barbosa Jr. após a eleição.

Ele se comprometeu a dar continuidade aos valores que forjaram a organização, como “a solidariedade”, e a fazer com que todos os países trabalhem de forma “coordenada para que se possa melhorar a qualidade de vida e a saúde na região”.

Com mais de 177 milhões de casos e 2,8 milhões de mortos, as Américas estiveram, em alguns momentos, no epicentro da pandemia. Segundo o relatório apresentado na 30ª Conferência Sanitária Pan-americana da Opas, a crise de saúde global causada pelo coronavírus levou a uma queda de 2,9 anos na expectativa de vida desde 2019.

A organização, que completa 120 anos em 2022, tem 35 países-membros, que se estendem do Ártico à Terra do Fogo, e três Estados participantes: França, Holanda e Reino Unido.

Foi fundada em 1902 como Escritório Sanitário Internacional para fazer frente à propagação de doenças infecciosas em uma época de rápida expansão do transporte marítimo.

Em 1923, passou a se chamar Escritório Sanitário Pan-americano e, posteriormente, em 1958, Organização Pan-Americana da Saúde.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo