Saúde
Banco Mundial aprova ajuda de 12 bilhões de dólares para vacinas
Financiamento poderia possibilitar a vacinação de até um bilhão de pessoas


O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira 13 ter aprovado um plano de ajuda de 12 bilhões de dólares para garantir aos países em desenvolvimento o acesso rápido a vacinas contra a Covid-19 quando estiverem disponíveis.
O montante será usado para “financiar a compra e a distribuição de vacinas, testes e tratamentos de Covid-19 para seus cidadãos”, informou o Banco Mundial em um comunicado. Este financiamento poderia possibilitar a vacinação de até um bilhão de pessoas.
O dinheiro integra um pacote abrangente do Grupo Banco Mundial (WBG) de até 160 bilhões de dólares até junho de 2021, concebido para ajudar os países em desenvolvimento a combater a pandemia do novo coronavírus.
“Este pacote de financiamento ajuda a sinalizar para a indústria de pesquisas e farmacêuticas que os cidadãos dos países em desenvolvimento também precisam ter acesso a vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19”, destacou o comunicado.
“Também fornecerá financiamento e apoio técnico de forma a que os países em desenvolvimento possam se preparar para distribuir as vacinas em escala, em coordenação com parceiros internacionais”.
Superando a pandemia
O acesso a vacinas seguras e eficazes “e sistemas de entrega fortalecidos são a chave para alterar o curso da pandemia e ajudar os países que enfrentam impactos econômicos e fiscais catastróficos a se dirigirem para uma recuperação resiliente”, disse o presidente do Banco Mundial, David Malpass.
O financiamento “também irá apoiar os países a terem acesso a testes e tratamentos para a Covid-19, e expandir a capacidade de imunização para ajudar os sistemas de saúde a distribuir as vacinas de forma eficaz”, acrescentou o comunicado.
A aprovação do financiamento era aguardada desde que Malpass fez o anúncio do projeto em setembro.
Enquanto as vacinas ainda precisam chegar aos mercados, Malpass observou em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro que é necessário se preparar para o complicado processo de distribuição dos imunizantes.
A abordagem do banco, segundo o comunicado, se vale de sua “expertise significativa em apoiar programas de imunização em larga escala para doenças evitáveis por vacinas, assim como com programas de saúde pública para combater doenças infecciosas, como HIV, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.