Após recuo de Queiroga, Anvisa mantém indicação da Pfizer para todos os adolescentes

'Não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina', diz a agência

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou uma nota nesta quinta-feira 16 na qual diverge da decisão do Ministério da Saúde de não recomendar a vacinação contra a Covid-19 para adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. A pasta comandada por Marcelo Queiroga atrelou o recuo a um suposto “efeito adverso”.

 

 

 

A Anvisa reconhece que investiga a morte de uma adolescente de 16 anos após a aplicação da vacina da Pfizer, mas ressalta que, no momento, “não há uma relação causal definida entre este fato e a administração da vacina”.

“Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina”, prossegue a agência. O órgão diz ter sido informado sobre o caso na quarta-feira 15, enquanto a morte teria ocorrido em 2 de setembro.


“Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”, aponta a Anvisa, que anunciou que tomará as medidas necessárias para a rápida conclusão da investigação.

A agência ainda reforçou que, para a aprovação da vacina da Pfizer para adolescentes, oficializada em junho, foram apresentados estudos de fase 3 e dados que demonstraram a eficácia e a segurança do imunizante.

“No que diz respeito à segurança e, mais especificamente, a eventos cardiovasculares, foram observados casos muito raros (16 casos para cada 1 milhão de vacinados) de miocardite e pericardite após vacinação. Os casos ocorreram com mais frequência em homens mais jovens, após a segunda dose da vacina e em até 14 dias após a vacinação. Foi observado que, geralmente, são casos leves e os indivíduos tendem a se recuperar dentro de um curto período após o tratamento padrão e repouso. Não houve relatos de casos de infarto. Os alertas sobre potenciais ocorrências de miocardites e pericardites foram incluídos em bula, após as ações de monitoramento realizadas pela Anvisa”.

 

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