Saúde

Ministro da Saúde pede que população evite aglomerações

Marcelo Queiroga participou de audiência pública na Câmara dos Deputados

Ministro da Saúde pede que população evite aglomerações
Ministro da Saúde pede que população evite aglomerações
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo nesta quarta-feira 31 para que a população evite aglomerações, use máscaras e mantenha o distanciamento social para evitar o aumento dos casos de covid-19 durante o feriado da Semana Santa.

“Não há o que comemorar com a nossa sociedade tão fragilizada. [Vamos] usar as máscaras. Vamos começar, desde já, a adotar essas medidas sanitárias que são tão importantes quanto a vacina e as ações de assistência à saúde”, disse o ministro, durante audiência pública virtual das comissões de Seguridade Social e Família, e de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

O ministro reiterou o que afirmou aos senadores na segunda-feira (29) sobre a necessidade de aumentar o ritmo da vacinação no país. Segundo Queiroga, o Brasil tem mais de 562 milhões doses de vacinas covid-19 contratadas para 2021. Entretanto, parte desses imunizantes está previsto para chegar ao país nos próximos meses.

“Nós temos que articular com a Organização Mundial de Saúde e com a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde] e temos feito isso. Em relação ao [Consórcio] Covax Facility, o acordo que o Brasil fez foi de cobertura vacinal de 10% da população, é possível avançar para 20%”, afirmou o ministro. “Vamos buscar que o Covax Facility antecipe doses para cobrir essa primeira parte”.

Até o momento, segundo Queiroga, os estados receberam cerca de 35 milhões de doses, das quais 13 milhões foram aplicadas. “Até sábado, nós vamos entregar mais 11 milhões de doses”, disse o ministro, que espera cumprir a meta de 1 milhão de doses aplicadas por dia em abril.

O ministro voltou a afirmar que a pasta não pretende adotar um lockdown nacional como uma resposta para conter a disseminação do vírus.

“O Ministério da Saúde vai trabalhar fortemente para que não seja necessário o lockdown, mesmo assim, os nossos protocolos, não só em relação à conduta médica propriamente dita, mas em relações a outras questões [como] mobilidade urbana, transportes públicos, em parceria com outros ministérios, nós vamos discutir”, disse.

Bolsonaro pede volta ao trabalho

O presidente Jair Bolsonaro dobrou a aposta no enfrentamento a governadores e a todas as medidas de distanciamento social adotadas para conter o avanço da Covid-19.

“Como sempre disse: tínhamos e temos dois inimigos, o vírus e o desemprego. Não é ficando em casa que vamos solucionar esse problema”, declarou o presidente nesta quarta-feira 31, em entrevista coletiva. “A população não apenas quer, mas precisa trabalhar. Nenhuma nação se sustenta por muito tempo com esse tipo de política”.

Bolsonaro voltou a direcionar seus ataques contra governadores que, diante do iminente ou já consolidado colapso na saúde, optam por medidas de restrição mais duras.

“O Brasil tem que voltar a trabalhar. Essa política de isolamento e medidas restritivas, com toque de recolher e supressão do direito de ir e vir, extrapola em muito até mesmo um estado de sítio. Permitam que o povo vá trabalhar”, acrescentou.

(Com informações da Agência Brasil)

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