Anvisa marca reunião para analisar nova vacina contra Covid

Segunda geração de imunizantes é atualizada para proteger contra subvariantes do coronavírus

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisará nesta terça-feira dois pedidos de autorização temporária de uso emergencial para novas versões bivalentes da vacina contra a Covid-19 da Pfizer. Nos dois pedidos, a fabricante tenta conseguir a indicação do uso da vacina bivalente como dose de reforço em pessoas acima de 12 anos.

A segunda geração de vacinas da Pfizer é atualizada para proteger contra subvariantes do coronavírus. Caso os pedidos de autorização de uso emergencial sejam aprovados pela agência, o imunizante poderia ser incluído automaticamente no contrato que o Ministério da Saúde tem com a farmacêutica.

Em 2021, o governo brasileiro fechou acordo para compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022. Em reportagem publicada na última semana, o GLOBO mostrou que ainda há cerca de 30 milhões de doses a serem recebidas. Caso o governo solicite, o contrato permite o acréscimo de mais 50 milhões de unidades. O negócio inclui fornecimento de qualquer vacina para Covid-19, incluindo doses pediátricas ou imunizantes atualizados.

Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu alerta a respeito do aumento no número de casos de Covid-19 e circulação de novas linhagens da variante ômicron: a BQ.1* e BA.5.3.1. Em relação à variante BQ.1* a pasta explica que há mutações na chamada proteína spike, que facilita a entra do vírus nas células humanas. Segundo o alerta, os estudos sobre a BQ.1* sugerem um risco maior de reinfecção. A pasta destaca, no entanto, que ” não há dados epidemiológicos que sugiram um aumento na gravidade da doença.”

De acordo com o ministério, na semana de 6 a 11 de novembro houve aumento de 120% na média móvel de casos em relação à semana anterior. No índice relacionado a óbitos, o aumento foi de 28%. Na nota técnica, o ministério pediu que as secretarias orientem a população a reforçar o uso de máscaras e higienização das mãos com água ou álcool em gel.

Em agosto, a Pfizer solicitou o registro temporário de uma vacina bivalente, que valeria para a subvariante BA.1 e para a cepa original. No fim de setembro foi apresentado outro pedido, dessa vez para um imunizante que contempla as subvariantes BA.4 e BA.5.


A Pfizer informou que tem trabalhado “junto à equipe técnica da agência para dirimir dúvidas sobre esta nova vacina, o que foi realizado por meio de respostas encaminhadas ao longo do mês de setembro”. De acordo com a empresa, a Anvisa promoveu no dia 17 de outubro uma reunião com a participação de especialista para tratar da vacina bivalente.

A empresa também destacou que o contrato vigente com o governo “conta com a possibilidade de entrega de versões atualizadas do imunizante”, mas disse que detalhes da negociação estão sob sigilo.

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