Saúde

Anvisa endurece regras para uso do zolpidem no Brasil

Órgão justifica decisão pelo aumento de relatos de uso inadequado da substância; mudanças valem a partir de 1 de agosto

Brasília-DF, 10.11.2023, Fechada do Prédio da Agência de Vigilância Sanitária ANVISA, em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai aumentar o controle do uso do medicamento zolpidem no Brasil. A decisão foi tomada pela diretoria do órgão na última quarta-feira 14.

Por unanimidade, o colegiado da agência decidiu que os remédios que contenham zolpidem na formulação devem ser prescritos através de notificação de receita B1, da cor azul.

Esse tipo de receita impõe que o profissional médico responsável pela emissão deve estar cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária.

O órgão decidiu estabelecer o entendimento de que o zolpidem faz parte da lista de substâncias psicotrópicas. Dessa forma, o fármaco passa a cumprir todas as exigências para remédios controlados.

O zolpidem já era classificado na lista B1. Porém, um trecho específico da norma permitia que, na prática, ele fosse vendido com receita branca de duas vias, nos casos do remédio até 10 mg. 

Entretanto, segundo a Anvisa, “não há dados científicos que demonstrem que concentrações até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado”. 

Em nota, o órgão disse que “a medida foi adotada a partir do aumento de relatos do uso irregular e abusivo relacionados ao uso do zolpidem”. 

As mudanças começam a valer no dia 1 de agosto. A Anvisa decidiu pelo prazo para buscar fazer com que os pacientes que já usam o medicamento não interrompam os seus tratamentos.

O zolpidem é um medicamento utilizado contra insônia. Por ser um agente hipnótico, o uso não é recomendado por mais de quatro semanas, segundo a Anvisa.

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