Saúde

Anvisa autoriza primeira vacina contra Chikungunya no Brasil

O imunizante foi desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com a austríaca Valneva

Anvisa autoriza primeira vacina contra Chikungunya no Brasil
Anvisa autoriza primeira vacina contra Chikungunya no Brasil
Foto: Agência Brasil
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira 14 o registro da primeira vacina desenvolvida para combate à Chikungunya, doença que causa dor crônica nas articulações. A aprovação da agência garante que o imunizante, fabricado na Alemanha, poderá ser utilizado no Brasil.

A vacina, chamada Ixchiq, foi desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica austríaca Valneva, e deve ser usada para prevenção da doença em pessoas com idades a partir de 18 anos – há contraindicação para o uso por mulheres grávidas e pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.

Ainda não há prazo definido para que a vacina chegue efetivamente aos braços dos brasileiros. O Butantan acredita que o Ministério da Saúde vá definir um cronograma que privilegie, inicialmente, regiões com mais casos da doença.

Um termo de compromisso assinado pelo Butantan e pela Anvisa garante a realização de estudos de efetividade e segurança da vacina, e de atividades de vigilância ativa para garantir mais informações sobre eficácia e segurança do imunizante.

Os testes já realizados até aqui mostram que a vacina induziu a “produção robusta de de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya”, segundo a Anvisa, que destaca ainda a aprovação pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos e da União Europeia.

Segundo o Butantan, o imunizante foi testado em 4 mil voluntários, com idades entre 18 e 65 anos, e nada menos que 98,9% dessas pessoas produziram anticorpos que neutralizavam o vírus. O instituto desenvolve, paralelamente, uma versão nacional do imunizante, que já está em análise.

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a Zika, a Chikungunya circula pelo continente americano desde 2013. De lá para cá, houve registros de epidemias da doença em diversas partes do continente, inclusive o Brasil. Só em 2024, mais de 620 mil pessoas foram afetadas

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