Saúde

Agravamento de estado de saúde de Chávez causa suspense na Venezuela

Os festejos públicos de fim de ano em Caracas foram suspensos em razão das últimas notícias

Apoie Siga-nos no

O agravamento do estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, levou à suspensão nesta segunda-feira dos festejos públicos de fim de ano em Caracas e espalhou a angústia entre seus partidários, que encheram as redes sociais com mensagens de ânimo.

A saúde de Chávez apresenta “novas complicações” após a operação a qual foi submetido em Havana em 11 de dezembro contra um câncer, anunciou o vice-presidente Nicolás Maduro no domingo, em uma mensagem transmitida à nação e divulgada por todas as redes de televisão.

Maduro é o sucessor designado por Chávez e encontra-se em Havana junto com o líder venezuelano.

As ruas da capital amanheceram tranquilas. Os jornais dedicaram suas primeiras páginas à notícia – “Presidente tem estado de saúde delicado” (Últimas Notícias), “Maduro: Presidente Chávez apresenta novas complicações” (El Universal).

“Não sei o que irá acontecer com Chávez, mas nunca havíamos passado um Natal assim, só Deus sabe o que acontecerá com ele e conosco”, disse Miguel Enrique, um aposentado de 70 anos do leste de Caracas que estava prestes a entrar na missa.

As autoridades da capital cancelaram imediatamente o tradicional show para encerrar o ano na praça Bolívar e convidaram “as famílias de Caracas e as venezuelanas em geral a esperar o ano novo reunidas em cada lar em uma oração de fé e esperança pela saúde” de Chávez, disse o ministro da Informação, Ernesto Villegas.

As hashtags #ForçaChávez, #ChávezViveráeVencerá e #EuAmoChávez acompanhavam centenas de mensagens no Twitter, escritas por membros do alto escalão do governo venezuelano, mas também por cidadãos anônimos.

“Digo aos 4 ventos e hoje mais do que nunca estou convencida de que O TEMPO DE DEUS É PERFEITO. CHÁVEZ, mais uma vez, VENCERÁ”, afirmava Teresa Maniglia (@tmaniglia), uma diretora do Imprensa Presidencial.

“#ChávezViveráeVencerá (…) ele é um homem feito do povo! Feito do espírito! Feito da luta! Tem a força para enfrentar todas as tempestades da vida”, expressou NeriColmerares/(@NeriColmenares).

Os opositores de Chávez também reagiram às notícias de Havana. “Eu não quero que Chávez morra. Ficaríamos muito mal como povo se uma doença precisasse fazer nosso trabalho para retirá-lo do poder”, comentou Enrique Vásquez (@Indiferencia).

O presidente foi operado em 11 de dezembro pela quarta vez para a retirada de um câncer detectado em meados de 2011 e desde então o governo informou em conta-gotas sobre a evolução de seu estado de saúde.

“Decidimos permanecer nas próximas horas em Havana acompanhando o comandante e sua família, muito atentos ao processo de evolução”, acrescentou no domingo Maduro, em companhia da filha mais velha de Chávez, Rosa Virginia, do ministro da Ciência e Tecnologia e genro do presidente, Jorge Arreaza, e da procuradora da República, Cilia Flores.

“Acreditamos que a avalanche mundial de amor e solidariedade em direção ao comandante Chávez junto a sua imensa vontade de vida e o cuidado dos médicos especialistas ajudarão nosso presidente a travar com êxito esta nova batalha”, acrescentou Maduro, que também ocupa o cargo de Chanceler.

Chávez, de 58 anos, foi reeleito no dia 7 de outubro e sua posse estava prevista para 10 de janeiro perante a Assembleia Nacional, segundo dita a Constituição.

No entanto, o governismo afirmou que esta data é adiável se o presidente não estiver neste dia em condições de reassumir o poder para um novo mandato de seis anos.

Pouco após a divulgação da notícia por Maduro de Havana, o ministro da Informação, Ernesto Villegas, rejeitou no canal oficial VTV os rumores que se intensificaram nas últimas horas nas redes sociais sobre a suposta morte do presidente.

“Vocês podem imaginar que a filha (Rosa Virginia) pudesse estar sentada nesta transmissão, serena (…) se isto tivesse ocorrido”, perguntou-se Villegas.

 

*Leia mais em AFP

O agravamento do estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, levou à suspensão nesta segunda-feira dos festejos públicos de fim de ano em Caracas e espalhou a angústia entre seus partidários, que encheram as redes sociais com mensagens de ânimo.

A saúde de Chávez apresenta “novas complicações” após a operação a qual foi submetido em Havana em 11 de dezembro contra um câncer, anunciou o vice-presidente Nicolás Maduro no domingo, em uma mensagem transmitida à nação e divulgada por todas as redes de televisão.

Maduro é o sucessor designado por Chávez e encontra-se em Havana junto com o líder venezuelano.

As ruas da capital amanheceram tranquilas. Os jornais dedicaram suas primeiras páginas à notícia – “Presidente tem estado de saúde delicado” (Últimas Notícias), “Maduro: Presidente Chávez apresenta novas complicações” (El Universal).

“Não sei o que irá acontecer com Chávez, mas nunca havíamos passado um Natal assim, só Deus sabe o que acontecerá com ele e conosco”, disse Miguel Enrique, um aposentado de 70 anos do leste de Caracas que estava prestes a entrar na missa.

As autoridades da capital cancelaram imediatamente o tradicional show para encerrar o ano na praça Bolívar e convidaram “as famílias de Caracas e as venezuelanas em geral a esperar o ano novo reunidas em cada lar em uma oração de fé e esperança pela saúde” de Chávez, disse o ministro da Informação, Ernesto Villegas.

As hashtags #ForçaChávez, #ChávezViveráeVencerá e #EuAmoChávez acompanhavam centenas de mensagens no Twitter, escritas por membros do alto escalão do governo venezuelano, mas também por cidadãos anônimos.

“Digo aos 4 ventos e hoje mais do que nunca estou convencida de que O TEMPO DE DEUS É PERFEITO. CHÁVEZ, mais uma vez, VENCERÁ”, afirmava Teresa Maniglia (@tmaniglia), uma diretora do Imprensa Presidencial.

“#ChávezViveráeVencerá (…) ele é um homem feito do povo! Feito do espírito! Feito da luta! Tem a força para enfrentar todas as tempestades da vida”, expressou NeriColmerares/(@NeriColmenares).

Os opositores de Chávez também reagiram às notícias de Havana. “Eu não quero que Chávez morra. Ficaríamos muito mal como povo se uma doença precisasse fazer nosso trabalho para retirá-lo do poder”, comentou Enrique Vásquez (@Indiferencia).

O presidente foi operado em 11 de dezembro pela quarta vez para a retirada de um câncer detectado em meados de 2011 e desde então o governo informou em conta-gotas sobre a evolução de seu estado de saúde.

“Decidimos permanecer nas próximas horas em Havana acompanhando o comandante e sua família, muito atentos ao processo de evolução”, acrescentou no domingo Maduro, em companhia da filha mais velha de Chávez, Rosa Virginia, do ministro da Ciência e Tecnologia e genro do presidente, Jorge Arreaza, e da procuradora da República, Cilia Flores.

“Acreditamos que a avalanche mundial de amor e solidariedade em direção ao comandante Chávez junto a sua imensa vontade de vida e o cuidado dos médicos especialistas ajudarão nosso presidente a travar com êxito esta nova batalha”, acrescentou Maduro, que também ocupa o cargo de Chanceler.

Chávez, de 58 anos, foi reeleito no dia 7 de outubro e sua posse estava prevista para 10 de janeiro perante a Assembleia Nacional, segundo dita a Constituição.

No entanto, o governismo afirmou que esta data é adiável se o presidente não estiver neste dia em condições de reassumir o poder para um novo mandato de seis anos.

Pouco após a divulgação da notícia por Maduro de Havana, o ministro da Informação, Ernesto Villegas, rejeitou no canal oficial VTV os rumores que se intensificaram nas últimas horas nas redes sociais sobre a suposta morte do presidente.

“Vocês podem imaginar que a filha (Rosa Virginia) pudesse estar sentada nesta transmissão, serena (…) se isto tivesse ocorrido”, perguntou-se Villegas.

 

*Leia mais em AFP

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo