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Proteja-se contra os Golpes
O banco ligou e pediu para confirmar a senha? Apareceu um motoboy para retirar um cartão bloqueado? Isso é golpe!

Os ambientes físicos e digitais são repletos de oportunidades e facilidades, mas também têm suas armadilhas. A cada hora, mais de 4,6 mil brasileiros são alvos de tentativas de golpes financeiros por meio de ligações telefônicas ou aplicativos de mensagens, estima o Datafolha e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em pesquisa com 2.508 entrevistados de 11 a 17 de junho último. O número leva em conta a proporção de pessoas que relatam ter sido vítimas desses crimes no último ano e o tamanho total da população.
Diante da elevada incidência de golpes bancários, a CAIXA orienta a redobrar os cuidados com medidas de prevenção, como a atualização regular de senhas e a verificação de situações suspeitas. Até mesmo quem já está familiarizado com a internet e o uso de aplicativos pode cair em um golpe, devido à sofisticação das práticas criminosas. É o caso do golpe da falsa central de atendimento, que ocorre quando criminosos se passam por funcionários de bancos, administradoras de cartão ou empresas conhecidas, induzindo a vítima a fornecer dados ou fazer algo que lhe cause prejuízo.
Fique atento: quando a CAIXA liga para o cliente, nunca pede para que você fale ou digite sua senha no aparelho telefônico. Se isso acontecer, desligue imediatamente. Ademais, em nenhuma hipótese um funcionário do banco pedirá que você diga ou compartilhe sua senha, nem no atendimento presencial nem no remoto, incluindo aplicativos de mensagens, redes sociais, e-mails ou outros canais de comunicação.
Já o golpe do falso motoboy é uma variante da prática criminosa relatada anteriormente. Ele começa de maneira bastante similar: o atendente de uma falsa central de atendimento se identifica como funcionário de um banco ou administradora de cartões, passa algumas informações pessoais para ganhar a confiança da vítima e depois pede a confirmação de compras suspeitas. Para cancelar as transações que não reconhece, o cliente é orientado a digitar dados no telefone, entre eles a senha, e a cortar o cartão ao meio para entregá-lo a um motoboy, sob a justificativa de que será feita uma investigação ou perícia. Com a senha e o chip do cartão em mãos, os golpistas fazem diversas compras, gerando grandes prejuízos.
Fica o alerta: a CAIXA não recolhe cartões de débito, de crédito ou de benefícios sociais, tampouco solicita senhas. Nunca entregue seu cartão para outras pessoas. Ao descartá-lo, corte o chip no meio, é essa parte que precisa ser destruída. Se alguém telefonar dizendo que precisa “pegar o seu cartão para perícia”, desligue o telefone e confirme no seu extrato se houve alguma movimentação desconhecida. Permanecendo alguma dúvida, fale com a CAIXA pelos canais oficiais ou procure sua agência.
Da mesma forma, desconfie se um amigo ou parente pedir dinheiro emprestado em aplicativos de mensagens, mesmo que eles relatem alguma situação emergencial. Antes de transferir qualquer quantia, telefone para um número que você já conhece, tente entender a situação e verifique se você está realmente falando com a pessoa conhecida. Muitos golpistas conseguem clonar contas reais ou criar perfis falsos nos aplicativos de mensagens e redes sociais, utilizando fotografias de pessoas da sua lista de contatos, mas que podem ser facilmente encontradas na internet. Para evitar a clonagem de contas em aplicativos de mensagens e redes sociais, é recomendável que os usuários ativem a autenticação em dois fatores e jamais desativem esse recurso, a não ser que tenham esquecido a senha.
Outra dica valiosa: jamais digite sua senha em maquininha de pagamento com o visor quebrado, no qual não é possível identificar o valor da compra. Nesses casos, solicite outro equipamento em perfeito estado de funcionamento e verifique o valor cobrado antes de concluir o pagamento. Aliás, jamais entregue seu cartão nas mãos de quem está fazendo a cobrança, pois ele pode ser trocado por outro semelhante ao seu.
Esse tipo de golpe é mais comum em locais muito cheios, como shows, baladas e festas de rua, mas também pode acontecer em caixas de autoatendimento. Sob o pretexto de auxiliar as pessoas, o criminoso, geralmente bem vestido ou com crachá e uniforme falsos, pede o cartão da vítima e o troca por outro, num momento de distração. Depois, ele deixa o local e utiliza o cartão furtado para sacar ou transferir os valores da conta. Por isso, nunca aceite ajuda de estranhos. Ao utilizar o terminal de autoatendimento, não se esqueça de finalizar a sessão antes de sair e verifique se o cartão é realmente o seu.
SAIBA MAIS EM CAIXA.GOV.BR/SEGURANCA