Política
X divulga decisão sigilosa de Moraes contra Marcos do Val
Atualmente, a rede social de Elon Musk é a única a manter o perfil do político ativo


O perfil oficial do X, antigo Twitter, divulgou na noite desta terça-feira 13 a decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES). A rede social é do bilionário Elon Musk, que já atacou Moraes e questionou o sistema eleitoral brasileiro.
“Esse ofício exige a censura de contas populares no Brasil, incluindo um pastor, um atual parlamentar e a esposa de um ex-parlamentar. Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós”, diz a publicação.
This letter demands censorship of popular Brazilian accounts, including a pastor, a current Parliamentarian, and the wife of a former Parliamentarian. We believe the Brazilian people should know what is being asked of us.
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Esse ofício exige a censura de contas populares no… pic.twitter.com/rMrpT1AAzx
— Global Government Affairs (@GlobalAffairs) August 13, 2024
Além do senador, a decisão de Moraes atinge o influenciador Ednardo Raposo; o engenheiro Cláudio Luz; o pastor Josias Pereira Lima; a esposa do ex-deputado Daniel Silveira, Paola da Silva Daniel; a conta da filha de Oswaldo Eustáquio e a mãe dela, Sandra Eustáquio; e do bolsonarista Sérgio Fischer.
Atualmente, a rede social X é a única a manter o perfil do político ativo. Usando sua única conta ainda no ar, o senador afirmou que a decisão é “inconstitucional” e configura “abuso de autoridade”.
“O que estamos vivenciando é uma flagrante contravenção e um desrespeito não apenas à minha pessoa, mas a todo o Senado Federal, que está sendo desmoralizado diante de uma medida arbitrária, que fere o princípio da dignidade humana”, afirmou .
A ordem de Moraes foi expedida três meses depois de o parlamentar voltar a ter acesso ao seu perfil do Instagram. Nas redes, há semanas, Do Val vinha realizando novos ataques à Corte e ao magistrado – em um dos vídeos, ele afirmou que iria denunciar Moras em “tribunais internacionais”.
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