Política

Witzel cita Harvard em currículo, apesar de nunca ter estudado lá

O governador sequer demonstrou interesse em fazer o curso na prestigiada universidade americana

Witzel cita Harvard em currículo, apesar de nunca ter estudado lá
Witzel cita Harvard em currículo, apesar de nunca ter estudado lá
Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Fernando Frazão/Agência Brasil Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Apoie Siga-nos no

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), possui um aparente currículo de prestígio. Isso porque dentre os cursos que constam em seu currículo no Lattes – plataforma de divulgação de feitos acadêmicos -, há uma “passagem-sanduíche” na Harvard University durante o seu doutorado. Entretanto, a informação não é verdadeira.

Na plataforma, há a indicação de que o ex-juiz federal teria iniciado em 2015 um doutorado em Ciência Política na Universidade Federal Fluminense e feito parte do curso na Harvard University. O governador teria cursado na universidade norte-americana a temática de judicialização da política.

O ‘sanduíche’ é comum em instituições de ensino que oferecem parcerias com outras universidades internacionais, para que os alunos possam realizar um intercâmbio e estudar parte de seu curso fora do país.

Segundo informações do jornal O Globo, o governador nunca demonstrou intenção de participar do processo de seleção da UFF para bolsa de estudos em Harvard. A universidade esclareceu ainda que apenas dois dos alunos matriculados no mesmo curso que o governador conseguiram obter essa bolsa.

Ainda de acordo com O Globo, a assessoria de Witzel informou que o governador acrescentou a informação de doutorado em seu currículo pois tinha intenção de concorrer às vagas disponíveis de Harvard para os estudantes da UFF. No entanto, em seu currículo, consta o nome de um orientador da universidade norte-americana, o professor Mark Tushnet.

Com a repercussão negativa, o governador se comprometeu a consertar o currículo e declarou que pretende defender a tese de doutorado em agosto deste ano.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo