Política

Witzel compara Bolsonaro a Hugo Chávez e critica políticas de Guedes

Governador citou livro para repreender ‘vocabulário’ do presidente da República

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Durante café da manhã com a imprensa, nesta terça-feira 17, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), comparou o presidente Jair Bolsonaro aos chefes de Estado Hugo Chávez, da Venezuela, Alberto Fujimori, do Peru, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia.

Witzel citou o livro “Como as Democracias Morrem”, dos cientistas Steven Levistky e Daniel Ziblatt, para embasar a sua crítica. Segundo ele, Bolsonaro tem vocabulário semelhante a de figuras políticas que ele considera autoritárias. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“Típico de Fujimori, Erdogan, o outro maluco lá da Venezuela… Chávez. É um vocabulário de quem não respeita a diversidade de opiniões”, afirmou.

O governador do Rio também mirou o rumos do governo federal em diferentes áreas, como o que chamou de “neoliberalismo” representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, o pacto federativo, uma das propostas de Guedes, é uma “direção equivocada” para o país.

Ele afirmou ainda que as decisões econômicas do governo não podem considerar apenas a contenção de despesas, mas também, as políticas de bem-estar. O governador observou esta necessidade a partir do cenário de protestos em países da América do Sul. Por outro lado, Guedes recebeu elogios de Witzel. Segundo o governador, o ministro demonstra receptividade e capacidade de diálogo, o contrário de Bolsonaro.

Witzel e Bolsonaro entraram em choque público após a TV Globo divulgar o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde mora o presidente. A informação ligou a família Bolsonaro ao assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes. As declarações do funcionário estavam sob segredo de justiça. Bolsonaro, então, acusou o governador de promover um conluio para incriminá-lo, com vistas às eleições de 2022.

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