Política
Weintraub leva advertência de Comitê de Ética após ofensas a Lula e Dilma
Fala ofensiva do ministro da Educação no Twitter é inadequada para cargo que Weintraub ocupa, conclui Comissão
O ministro da Educação Abraham Weintraub levou uma advetência, nesta terça-feira 28, do Comitê de Ética da Presidência da República por postagens ofensivas aos ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luis Inácio Lula da Silva.
O colegiado se reuniu para analisar um tuíte do ministro, que chegou a comparar Lula e Dilma a “drogas” na época que um militar foi encontrado com cocaína em um avião das Forças Armadas Brasileiras (FAB). “No passado o avião presidencial já transportou drogas em maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?”, escreveu Weintraub no dia 27 de junho.
No passado o avião presidencial já transportou drogas em maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 27, 2019
Na visão dos conselheiros do Comitê, o ministro o ministro infringiu o artigo terceiro do Código de Conduta da Alta Administração Federal, que trata sobre padrões de comportamento esperados de quem deve ter credibilidade perante a população.
“No exercício de suas funções, as autoridades públicas deverão pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no que diz respeito à integridade, à moralidade, à clareza de posições e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança do público em geral”, diz o texto do Código.
O pedido contra Weintraub junto à Comissão, na época, foi procotolado pelos deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Paulo Pimenta (PT-RS). Um dos relatores escreveu que o tuíte do ministro não tinha nenhuma associação com a educação brasileira. Outro argumentou que não era esperado de quem está à frente da pasta da Educação que se incitasse o “ódio, a agressividade e a desarmonia”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.