Educação
Weintraub chama presidente da França de “calhorda” e “cretino”
Nada melhor do que uma voz de equilíbrio em meio a críticas mundiais e ao incêndio amazônico
Se o momento político do Brasil é delicado internacionalmente, com a questão da Amazônia em chamas e a falta de compostura quase geral do governo e de seus agregados (vereador filho de presidente é agregado, certo? Deputado filho de ex-capitão também, certo?), nada melhor do que uma voz de equilíbrio em meio ao incêndio.
Eis que, neste domingo 25, o ministro da Educação Abraham Weintraub, aquele mesmo que gasta um tanto de seu tempo endemoniando o PT e o outro tanto com questões engrandecedoras como bater boca em praça pública no Pará ou criar ironias deitado em uma rede, resolveu desfilar seu conhecimento sobre o presidente francês Emmanuel Macron.
Nem é o caso que interpretar o que o chefe da educação brasileira escreveu em suas redes sociais (o canal oficial do governo Bolsonaro, certo?). Melhor mesmo é deixar a íntegra, abaixo. Que o comandante francês, lá na reunião do G7, não leia. Ou leia. E que o presidente Jair Bolsonaro não se inspire, porque está aí um excelente futuro embaixador (nada pessoal, Eduardo).
A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS Charlemagne. País de iluministas e de comunistas. O Macron não está a altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 25, 2019
Não se trata de dizer que a França é um país que amamos odiar ou odiamos amar. Assim como nós, os franceses estão enfrentando as mesmas ameaças globais, porém, em estágio mais avançado dominação. Além disso, elegeram um governante sem caráter, porém, isso nós também já fizemos…
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 25, 2019
O Brasil também já elegeu governantes que chamavam facínoras como o Kadafi de irmão, acolhia terroristas e criticava injustamente democracias. Itália, EUA, Israel foram inúmeras vezes ofendidos. Lembrem que já fomos um anão diplomático. Ferro neste Macron, não no povo francês.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 25, 2019
Os franceses elegeram esse Macrón, porém, nós já elegemos Le Ladrón, que hoje está enjauladón…Ferro no cretino do Macrón, não nos franceses…
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 25, 2019
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.