Política
Votação do uso de arma de fogo pela guarda municipal é adiada no Rio
Texto não voltará à pauta por, pelo menos, três sessões da Câmara de Vereadores


Foi adiada a votação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica do município do Rio de Janeiro que autoriza o uso de arma de fogo pela guarda municipal. A matéria estava na ordem do dia da sessão plenária desta terça-feira (13) para ser apreciada em primeira discussão. O assunto tem produzido amplo debate e já foi tema de duas audiências públicas na casa.
Um dos autores do projeto, o vereador Dr. Gilberto pediu o adiamento da votação por três sessões para aguardar o envio, pela Secretaria Municipal de Ordem Pública, de projeto sobre como seria a adequação do treinamento da guarda para usar o armamento. O pedido foi feito pela Câmara, após provocação do Ministério Publico.
Segundo Dr. Gilberto, assim que a Secretaria enviar a proposta, o material será apresentado às lideranças da casa. Na última audiência pública realizada em maio, o executivo municipal defendeu o uso de armas, mas por setores da corporação, como o Grupo de Operações Especiais e o Grupo Tático Móvel.
O projeto tem sido criticado por vários parlamentares e também por representantes da sociedade, como o Movimento Unido dos Camelôs. Durante a audiência pública, o Inspetor-geral da Guarda Municipal, José Ricardo Soares da Silva, afirmou que a corporação já tem um planejamento para implantar a proposta caso seja aprovada.
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