Política

‘Vontade da ampla maioria do União Brasil é estar com Lula em 2026’, diz Celso Sabino

No ‘Roda Viva’, o deputado do Centrão, que ocupa atualmente o posto de ministro do Turismo, minimizou o lançamento da pré-candidatura do seu colega de legenda, Ronaldo Caiado, ao Planalto

‘Vontade da ampla maioria do União Brasil é estar com Lula em 2026’, diz Celso Sabino
‘Vontade da ampla maioria do União Brasil é estar com Lula em 2026’, diz Celso Sabino
O ministro Celso Sabino, deputado licenciado do União Brasil. Foto: Divulgação/TV Cultura
Apoie Siga-nos no
Eleições 2026

Celso Sabino, deputado pelo União Brasil que ocupa o cargo de ministro do Turismo, afirmou, na noite desta segunda-feira 7, que a ‘ampla maioria’ do seu partido quer apoiar a reeleição do presidente Lula (PT) em 2026. O político chegou a sinalizar que a legenda pode, inclusive, pleitear a vaga de vice na chapa do petista na eleição do ano que vem.

“[O União Brasil] vai estar com o presidente Lula [em 2026]. Essa é a vontade da ampla maioria do nosso partido. Nosso partido é um partido que defende muito a democracia”, afirmou o ministro em uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

A legenda, no entanto, tem um pré-candidato ao Planalto: o governador de Goiás Ronaldo Caiado. O político é um opositor a Lula e, no sábado 6, dividiu palanque com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista para pedir anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. Questionado sobre a posição do correligionário, Sabino minimizou as chances da pré-candidatura prosperar.

“Respeito a posição do governador Caiado, que tem esse sentimento [contra Lula] em seu coração e vai defender nas prévias e no momento oportuno à executiva do partido que ele seja o candidato” disse. “Mas a gente tem uma ampla maioria formada por deputados, senadores e lideranças em todo o País. Tenho certeza que em 2026 o nosso partido vai ter uma maioria ainda maior na defesa da reeleição do presidente Lula”, insistiu.

Segundo o ministro, as ausências do presidente da sigla, Antonio Rueda, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), no evento de lançamento da pré-candidatura de Caiado seriam sinais desse pouco apoio do partido ao projeto político do governador goiano.

Além de Caiado, outros dois governadores do União Brasil – Wilson Lima, do Amazonas, e Mauro Mendes, do Mato Grosso – também participaram do ato bolsonarista em São Paulo, sinalizando apoio ao ex-capitão. Parte da bancada de deputados da sigla também se posiciona em favor da anistia aos participantes da tentativa de golpe. Para Sabino, porém, essa parcela bolsonarista na legenda será ‘voto vencido’ nas prévias e convenções partidárias para 2026.

“O nosso grupo dentro do partido defende a reeleição e que o União Brasil caminhe com o presidente Lula e vamos trabalhar para que isso aconteça até as convenções. Para o nosso grupo, o melhor cenário é, além de participar da coligação, participar da chapa com o vice que vai iniciar o mandato em janeiro de 2027”, avaliou.

Federação com o PP não muda a projeção

Sabino defendeu, ainda, que uma eventual federação partidária entre União Brasil e PP, em fase avançada de negociação, não mudaria a sua projeção de que a sigla vai apoiar Lula em 2026. O PP, convém registrar, é ainda menos governista do que o União Brasil e está sob o comando de Ciro Nogueira, um dos principais ministros de Bolsonaro.

Nogueira já indicou, inclusive, que, caso essa aliança saia do papel, a federação não deverá caminhar com o petista e estará vinculada ao projeto da extrema-direita. Sabino, novamente, minimizou o cenário desfavorável e disse que o político será convencido até, no máximo, agosto de 2026 a apoiar o petista.

“Essas lideranças…como democratas, republicanos e progressistas que são… vão entender que, para o bem da democracia, do futuro do País e da economia, [o melhor] é seguir com a reeleição do presidente Lula.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo