Vereador e candidato a prefeito estão entre os presos pela PF por atos terroristas

A nova fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada na terça-feira 14 pela Polícia Federal, levou para a prisão 6 pessoas suspeitas de terrorismo em Brasília no dia 8 de janeiro, outras duas seguem foragidas. Entre os alvos estão um vereador de Inhumas, em Goiás, e um candidato a prefeito de Ouro Preto, Minas Gerais, na última eleição.

Além das prisões, a PF cumpriu nesta terça 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.

Presos

• Antonio Clesio Ferreira: professor e candidato derrotado a prefeito de Ouro Preto, Minas Gerais;
• José Ruy Garcia: vereador de Inhumas, em Goiás, pelo partido Agir – antigo PTC;
• Rodrigo Raul Pereira Tara: gerente de uma empresa de poços artesianos em Indaiatuba, São Paulo, segundo suas redes profissionais;
• Celso Teixeira de Jesus: não há informações do perfil profissional. Nos registros, consta apenas que Celso foi beneficiário do Auxílio Brasil por poucos meses em 2020. Ele também já foi preso em outra ocasião, mas o sistema não permite ver por quais crimes;
• Laudenir Vieira Rodrigues: ele é ex-servidor público da cidade de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais. Nas redes sociais, Laudenir tinha fotos ao lado de Jair Bolsonaro e Michelle.

Na lista de presos há ainda um empresário de Santo Antônio da Platina, no Paraná, que não teve a identidade revelada.

Foragidos

• Alexandre Augusto Souza Carmo: candidato a deputado federal pelo estado de Minas Gerais em 2022 pelo PSC. Ele não se elegeu;
• Alcimar Francisco da Silva: empresário do segmento de roupas femininas de Sete Lagoas, Minas Gerais. Nas imagens dos atos, ele rouba a foto de Bolsonaro a quem se refere como herói.

Operação

Essa é a 6ª fase da Operação Lesa Pátria, que já levou mais de 20 golpistas para prisão. Em uma das fases, o alvo foi o ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres. Na última operação, os alvos da PF foram policiais militares acusados de omissão na operação contra os terroristas. Entre eles estava o coronel responsável pelo operacional da corporação. O comandante-geral da PM do DF também está preso desde o dia 10 de janeiro.

Em todas as fases, a PF tem buscado golpistas, financiadores ou mentores dos atos terroristas de 8 de janeiro. Segundo a corporação, “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.