Política

Vereador de Curitiba propõe o uso da Bíblia em escolas públicas e privadas

Zezinho Sabará (PSD) se baseia em uma lei semelhante aprovada pela Câmara de Belo Horizonte (MG)

Vereador de Curitiba propõe o uso da Bíblia em escolas públicas e privadas
Vereador de Curitiba propõe o uso da Bíblia em escolas públicas e privadas
Foto: Pexels/Creative Commons/Pixabay
Apoie Siga-nos no

A Câmara Municipal de Curitiba (PR) discute um projeto de lei que autoriza o uso da Bíblia como material paradidático complementar em escolas públicas e privadas da rede municipal.

Segundo o texto do vereador Zezinho Sabará (PSD), a utilização seria facultativa. Ele se baseia em uma lei semelhante aprovada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (MG).

“A utilização da Bíblia como instrumento paradidático visa enriquecer o processo de ensino-aprendizagem nas áreas de História, Literatura, Filosofia, Artes e Ensino Religioso, sendo plenamente compatível com os princípios do Estado laico”, sustenta o pessedista.

O PL já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda votação na Comissão de Educação, Turismo, Cultura, Esporte e Lazer.

Em BH, a proposta partiu da vereadora Flávia Borja (DC), para quem o PL permite aos professores ensinar histórias de civilizações antigas que não estariam em outras fontes, além de trabalhar com diferentes gêneros literários, como crônica, poesia e parábola.

Vereadores progressistas da capital mineira, por outro lado, questionaram a constitucionalidade da matéria. Para Juhlia Santos (PSOL), ela fere o princípio de laicidade do Estado. “Aprovar esse PL seria rasgar as leis e permitir que alianças entre o poder público e a religião sejam mantidas”, criticou. “Estou me sentido no século XVIII, em que o Estado não era separado da religião”, endossou Pedro Patrus (PT).

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo